Há setenta e cinco anos, em 06 e 09 de agosto de 1945, os U.S.A. lançaram duas bombas nucleares sobre o Japão, em Hiroshima, matando de 90 a 160 mil pessoas e Nagasaki, entre 60 a 80 mil. Isso sem contar o número de feridos e os doentes crônicos pela radioatividade, ao final da II Guerra Mundial (1939/1945).
Um acontecimento que deve sempre ser lembrado, para que não se repita. Mas esta não foi a primeira vez que bombas foram jogadas sobre cidades com vítimas predominantemente civis.
Tu que gostas de ler a Bíblia, vai lá e vê, em Gênesis, 6.5: “Jeová viu que a maldade do homem era abundante na Terra e que toda a inclinação dos pensamentos do seu coração era só má, todo o tempo”. Então decidiu lançar as duas primeiras “bombas atômicas” na Terra, sobre Sodoma e Gomorra (Gênesis 19.24). O que fez chover fogo e enxofre do Céu. Caramba! Mano. Pois é, o homem teve de onde copiar a ideia.
De lá para cá muitas guerras aconteceram, pelos mais variados motivos, e até sem motivo. Só por maldade. A guerra é aquele momento em que Deus vai dormir e o Diabo assume o comando. Não estou dizendo que os povos não devam defender-se para garantir sua sobrevivência, seu território e sua soberania. Não! O âmago deste meu singelo texto é destacar a maldade humana, que não tem limites, ou os crimes de guerra, assuntos que são a minha especialidade.
“Crime de guerra” é quando um dos exércitos ultrapassa os limites da defesa da vida e da racionalidade. É quando se utiliza de forças e meios desproporcionais aos do inimigo… Já indefeso. É o excesso. É a maldade apenas por maldade. O prazer de causar dor e sofrimento. A total ausência de compaixão e piedade pelo sofrimento alheio. A história está repleta de casos.
Estudem sobre os hebreus na invasão da “Terra Prometida”, tá na Bíblia, no velho testamento; os cristãos nas Cruzadas; os bárbaros na invasão do Ocidente; os portugueses, os espanhóis e os ingleses durante a colonização das Américas; o Holocausto alemão contra os judeus; os russos no massacre da Floresta de Katyn (1940); a eliminação dos inimigos pela fome (Holomodor), perpetrada pelos russos na Ucrânia (1932/1933); os japoneses no “Estupro de Nanquim”, na China (1937); o Brasil na Guerra do Paraguai, ao entrar em Assunção; e os atentados terroristas islâmicos na atualidade. Só espero que não chores tanto quanto eu chorei ao estudar tudo isso.
Agora, ao completarem-se 75 anos do lançamento das duas bombas atômicas sobre o Japão, eu venho aqui lembrar-te dessa tragédia humanitária. Alguns acham que ela foi necessária para terminar com a II Guerra Mundial, pois se não fossem as bombas atômicas, certamente ainda ocorreriam milhares, talvez milhões, de mortes de militares e civis. Outros acham que não.
Que se poderia primeiro tentar outros meios, menos cruéis. O Japão teve a sua parcela de culpa, pois deveria ter-se rendido antes, e não o fez. Ficou a lição: a de quê, quem sabe, não mais se repita. Mas… Quem sabe?