O mais desprezível dos motivos que leva os povos a se odiarem é, sem dúvida, a questão racial. Todos os homens nascem iguais na sua essência biológica. Têm as mesmas necessidades e desejos. Algumas características físicas, como a cor da pele, e culturais é que os diferenciam. Isso, porém, não é razão para se odiarem e se matarem.
Esta maneira de pensar e agir é uma psicopatia, um distúrbio mental, uma vez que não há comprovação científica nenhuma de que este fator seja preponderante. Alguns povos são mais adiantados do que outros, em virtude de vários fatores como, por exemplo, as características da região e do clima do lugar onde nasceram. O ideal é que houvesse apenas intercâmbio cultural.
Os povos europeus sempre foram mais evoluídos, em virtude da sua origem de regiões frias, como é o caso dos nórdicos, de pele branca, o que muito exigiu deles para a sobrevivência. Este esforço resultou apenas numa superioridade cultural. Com a expansão dos europeus sobre a Terra, ocorreram encontros com povos diferentes culturalmente e na cor da pele, o que é natural. Os índios e os negros, de peles vermelha e negra, respectivamente.
Com o decorrer do tempo, essas diferenças culturais foram diminuindo e se equiparando. Todos os povos se deslocaram de seus lugares de origem e se mesclaram, em virtude do acasalamento de raças. Para isso acontecer, passou-se por muitas situações tristes, como guerras de colonização, escravidão, atrocidades inomináveis e segregação.
As mais significativas segregações ocorreram na África do Sul e nos USA, entre os anglo-saxões e afrodescendentes. No primeiro caso foi o famigerado “Apartheid”, introduzido em 1948, que causou muito sofrimento, projetando um grande líder pacifista que foi Nelson Mandela. É um problema superado, porque os negros são maioria e estão na sua casa: “A mãe África”.
Nos USA tivemos a Guerra de Secessão (1861/1865), motivada pela controvérsia sobre a escravidão. O Sul, que precisava de escravos para trabalhar nas lavouras, e o Norte, que era mais industrializado e não necessitava de escravos, mas sim de trabalhadores formais. Morreram em torno de 700 mil combatentes e milhares e feridos. O grande líder foi o Presidente Abraham Lincoln (1809/1865). Mas a questão da segregação racial continuou.
O Sul nunca se conformou, e por muito tempo continuou segregação, conflitos e violência. Um grande líder surgiu Marthin Luther King Jr., que acabou assassinado (1968). A segregação diminuiu, mas nunca acabou de todo. A extrema violência policial ao agir contra os negros tem demonstrado a existência ainda de muito ódio. Daí os graves distúrbios que estamos vendo.