O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reuniu-se nesta quinta-feira (30) no Palácio do Planalto com o CEO da Be8, Erasmo Carlos Battistella, e o presidente da Mercedes-Benz do Brasil e América Latina, Denis Güven, para discutir o incentivo à pesquisa e a inclusão dos biocombustíveis na pauta exportadora brasileira.
Durante o encontro, Lula conheceu os caminhões e ônibus da Rota Sustentável COP30, que utilizam o biocombustível Be8 BeVant. O produto promete reduzir em até 99% as emissões de gases de efeito estufa em comparação ao diesel fóssil.
Segundo informações da Agência Brasil, Battistella pediu o apoio do presidente para colocar os biocombustíveis como um item de exportação, classificando-o como uma solução imediata de descarbonização. Lula sugeriu expandir os testes para veículos produzidos pela Mercedes-Benz na Alemanha, visando avaliar a redução de gases e potencializar o comércio.
“Quem sabe a gente possa exportar isso aqui para o mundo. Quem sabe a gente importa caminhão e exporta [biocombustível] para a Alemanha”, disse Lula.
Transição energética e a Margem Equatorial
O presidente destacou a capacidade brasileira de produção agrícola e industrial no desenvolvimento de novas tecnologias. “Com a inteligência humana do Brasil, com engenheiros e engenheiras brasileiros, a gente consegue mostrar ao mundo que a transição energética que o mundo sonha não é tão difícil. Basta ter vontade política e basta ter coragem de fazer”, disse.
Por outro lado, Lula reforçou que o país não pode abrir mão do combustível fóssil “do dia para a noite”. Ele mencionou a “celeuma” sobre a exploração de petróleo na Margem Equatorial, uma região vista como o novo pré-sal, para a qual a Petrobras obteve licença de pesquisa exploratória.
O presidente afirmou que o Brasil continuará utilizando o petróleo enquanto for necessário e que a Petrobras se transformará em uma empresa de energia. “É preciso construir o fim da utilização do combustível fóssil. E para isso a gente tem que pesquisar a Margem Equatorial com o cuidado que o meio ambiente exige, uma responsabilidade que o Brasil tem de mostrar que nós vamos ser o país mais perfeito do ponto de vista da transição energética no mundo”, disse.












