O presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversou neste domingo (2) com moradores da comunidade do Jamaraquá, uma área de extrativistas e ribeirinhos na Floresta Nacional (Flona) do Tapajós, no Oeste do Pará. A visita faz parte da agenda prévia à COP30, a Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, que ocorrerá em Belém em novembro.
Segundo informações da Agência Brasil, Lula presidirá a Cúpula do Clima, que reunirá chefes de Estado na próxima semana. Aos ribeirinhos, ele ressaltou que a COP30 é uma oportunidade de dar visibilidade à Amazônia de forma integral, indo além da preservação da natureza.
“Essa COP30 é um momento único na história do Brasil, porque é um momento em que a gente está obrigando o mundo a olhar a Amazônia com os olhos que deve olhar para a Amazônia. Não é só pedir para a gente manter a floresta em pé”, disse.
O presidente defendeu o apoio econômico às famílias que vivem na floresta. “É preciso pedir para que a gente mantenha a floresta em pé e para ela ficar em pé, nós temos que dar sustentação econômica, educacional, de saúde para as pessoas que tomam conta dessa floresta em pé, porque essas pessoas não ganharam o que comer, as pessoas não vão tomar conta de nada”, acrescentou.
Comunidade como exemplo de bioeconomia
A comunidade do Jamaraquá é conhecida pelo turismo de base comunitária e pela fabricação de biojoias. A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, que acompanhou a visita, destacou que o estilo de vida das famílias protege a floresta.
“Aqui é exemplo de bioeconomia, aqui é exemplo de sociobiodiversidade, aqui é exemplo de como mantém a floresta em pé e ela gera condições de vida e dignidade para as pessoas”, disse Marina Silva. Ela completou que a Flona do Tapajós reúne 1,2 mil famílias, que respeitam o ciclo da floresta e mantêm a mata de pé por gerações.












