Estado teve 590 óbitos em vias urbanas e rodovias em 2024; crescimento foi o maior proporcionalmente entre os estados do Sul e Sudeste.
O número de mortes no trânsito em Santa Catarina teve um aumento alarmante de quase 40% em 2024 na comparação com o ano anterior, conforme aponta o Mapa da Segurança Pública de 2025, divulgado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Foram 590 mortes registradas no ano passado envolvendo condutores, passageiros, pedestres e ciclistas em ruas, rodovias e calçadas do estado. Em 2023, haviam sido 428 vítimas fatais. O aumento de 37,85% é o quarto maior do país e o mais alto entre os estados do Sul e Sudeste.
Para efeito de comparação, a média de crescimento de mortes no trânsito em todo o Brasil foi de 8,94%, o que coloca o estado com uma taxa quatro vezes maior que a nacional.
Segundo o levantamento, 76% das vítimas fatais eram homens, o que significa que a cada quatro mortos no trânsito catarinense, três eram do sexo masculino.
Apesar do crescimento expressivo, Santa Catarina ainda mantém a quinta menor taxa de mortalidade no trânsito do Brasil, com 7,32 óbitos por 100 mil habitantes.
Rodovias perigosas e internações
Entre os fatores que contribuem para o cenário preocupante estão os trechos críticos de rodovias federais, especialmente na BR-101, que atravessa São José, na Grande Florianópolis — considerado o ponto mais perigoso do país, segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF).
O levantamento da PRF, divulgado em fevereiro de 2025, indicou que o estado possui 22 pontos de alta probabilidade de acidentes graves.
Além disso, a Grande Florianópolis concentra uma média de acidentes maior que a do restante do estado. A capital lidera o ranking estadual de acidentes em áreas urbanas, com mais de 20 mil ocorrências apenas em 2024.
Nas rodovias, as que mais registraram mortes foram a BR-101, BR-470 e BR-282, todas sob jurisdição federal.