Já na abertura do vídeo de apresentação do projeto da Rua Coberta da Avenida Nereu Ramos, em seu conceito, destaca as palavras “Figueiras, Descanse, Rio, Sombrio, Lagoa Repouso”, numa clara referência à própria cidade de Sombrio e suas características.
O projeto é arrojado, em estrutura metálica e cobertura em policarbonato, com pilares metálicos em formato de tronco. A cobertura em formato de triângulos e losangos, com trepadeiras, trazendo sombra, foi pensada para trazer ao local a sensação de aconchego.
Após alguns meses, a via já está elevada, com pavers colocados, mas aparentemente, distante de sua conclusão, o que vem gerando um certo descontentamento por parte de alguns lojistas. A situação, agravada pelo decreto de isolamento, que obrigou o fechamento das portas e a queda brusca no faturamento merece atenção.
A comerciante Neusa, alega perdas nas peças de vestuário que comercializa, devido à poeira gerada do corte de pedras e lajotas, sem isolamento, nas proximidades. Ela também fala à reportagem que houve deslocamento do muro de seu estabelecimento – casa alugada que, segundo contrato de locação, quando desocupada deve ser entregue no estado em que foi locada -, e cobra solução: “ o portão não fecha mais, o muro saiu todinho do nível”, desabafa.
Outro comerciante, este pediu para não ser identificado na reportagem, nos conta que isso “é um prejuízo incalculável, pois iniciaram já faz uns seis meses e não deve levar menos de três para acabar”, lamenta.
A grande maioria dos comerciantes do local acredita que apesar do transtorno, a obra e o investimento trará para o local grande fluxo de pessoas, o que deve valorizar as salas, aumentar o número de clientes e, consequentemente, o faturamento de seus estabelecimentos.
Questionado, o engenheiro responsável pela obra, Renato Bristot solicitou ser procurado a partir do dia de hoje, para esclarecimentos.