O Hospital Dom Joaquim, em Sombrio, administrado pelo Instituto Maria Schmitt (IMAS), realizou o primeiro procedimento de mapeamento eletroanatômico tridimensional (3D) da região da AMESC. A tecnologia, utilizada no tratamento de arritmias cardíacas, permite criar um modelo virtual do coração em tempo real, garantindo precisão milimétrica e maior segurança nas intervenções.
O cardiologista e eletrofisiologista Dr. Sérgio Ferreira de Ferreira Filho explica que o recurso é indicado para casos como taquicardias, fibrilação atrial e síndromes específicas. “Com o sistema 3D, localizamos com exatidão as áreas responsáveis pelas arritmias e realizamos a ablação de forma segura e eficaz”, afirma.
O procedimento pioneiro foi aplicado em uma paciente com síncopes recorrentes de origem neurocardiogênica, utilizando a técnica de cardioneuroablação. Segundo o enfermeiro perfusionista Ederson Nunes Jacinto, a tecnologia reduz a necessidade de raio-X, diminui riscos e aumenta a taxa de sucesso em casos complexos.
Nos últimos oito meses, a unidade já realizou mais de 140 angioplastias, 480 cateterismos, 30 implantes de marcapasso, 40 estudos de eletrofisiologia e 48 cirurgias cardíacas. Com investimentos contínuos em estrutura e capacitação, o Hospital Dom Joaquim se consolida como referência em cardiologia de alta complexidade no Sul catarinense.
