Após três meses de trabalhos e mais de 30 depoimentos, a Comissão Parlamentar de Inquérito formada para investigar a compra de 200 respiradores que nunca chegaram em Santa Catarina apresenta relatório final na tarde desta terça-feira (18), na Alesc.
A principal expectativa em torno do relatório é se haverá ou não pedido de indiciamento do governador Carlos Moisés (PSL). O relator da comissão, deputado Ivan Naatz (PL), tem dado declarações e falado em conduta “omissiva e comissiva” do governador.
O mesmo Naatz que já declarou que Moisés “mentiu” à comissão, em entrevistas à Coluna, no entanto aponta que “questões punitivas” ficarão por conta do Ministério Público, a quem o relatório será encaminhado.
O documento de 115 páginas, segundo o relator, deverá conter ainda um pedido de ressarcimento aos cofres públicos e sugestões de alterações legislativas para maior controle de compras públicas em situações de calamidade.
Segundo o deputado, a CPI deverá reforçar pedidos de indiciamento de agentes públicos e privados envolvidos na negociação, que causou um prejuízo de R$ 33 milhões aos cofres do Estado. Com um processo de impeachment já andando na Alesc, o relatório final da CPI dos Respiradores pode colocar o governador Moisés ainda mais contra o corner.
Viva fotografia
A nova portaria que unifica as ações de isolamento nos municípios, considerando os níveis de risco de contaminação da Covid-19 não inclui a suspensão do transporte coletivo como imaginava parte da equipe técnica da Secretaria da Saúde. O impasse surgiu após regiões que entraram no nível de alerta máximo barganharem a permanência do serviço nos seus municípios.
O governo cedeu a pressão, buscando amenizar o embate com as prefeituras, e definiu que a suspensão do transporte só ocorrerá em atos específicos acordados entre as secretarias de Saúde e Mobilidade. No mais, a portaria regulamenta a suspensão automática de atividades de acordo com o grau de risco, mas pouca novidade em relação ao que já está em Vigor.
PDT lança pré-candidato
Rogério Portanova é o nome indicado pelo PDT como pré-candidato à Prefeitura de Florianópolis. O partido, que até o momento integra conversas para formação de uma ampla frente de esquerda com PT, PC do B, PSB e Rede para apoiar o candidato Elson Pereira do PSOL. A chapa chegou a ficar comprometida com ameaça de o PT deixar o grupo por não estar na cabeça de chapa. A frente lançou a campanha “Fica, PT” e conseguiu amenizar o clima.