Operação cumpre 24 mandados de busca e apreensão, nove de prisão preventiva e sequestra imóveis usados para lavar dinheiro do tráfico
A Polícia Civil de Santa Catarina deflagrou na manhã de sexta-feira (30) a operação “A Grande Família”, em Tubarão, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa composta majoritariamente por membros de uma mesma família, envolvida no tráfico de drogas e lavagem de dinheiro em diversas cidades do estado e no Rio Grande do Sul.
Coordenada pela Delegacia de Investigação Criminal (DIC) de Tubarão, a operação mobilizou cerca de 100 policiais e contou com o apoio de unidades da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (DEIC), das Delegacias Regionais de Polícia de Laguna, Criciúma, Araranguá, Canoinhas, além das unidades da região de Tubarão, do helicóptero do SAER-Sul e dos Núcleos de Operações com Cães da Polícia Civil.
Ao todo, foram cumpridos nove mandados de prisão preventiva, 24 mandados de busca e apreensão e duas ordens de sequestro de bens, incluindo imóveis utilizados na lavagem de capitais ilícitos — entre eles, uma residência de alto padrão localizada em Tubarão.
As investigações tiveram início há aproximadamente dois anos, após a prisão em flagrante de um foragido da Justiça, que foi detido com grande quantidade de maconha e duas armas de fogo. A partir dessa prisão, a DIC aprofundou as diligências e descobriu que o suspeito era o líder de uma rede de tráfico com ramificações familiares.
Segundo a Polícia Civil, o grupo criminoso operava como uma verdadeira “empresa do tráfico”, com a participação ativa da mãe, irmão, esposa do líder, além de comparsas responsáveis pelas entregas. A organização atuava no fornecimento de drogas a traficantes menores nas cidades de Tubarão, Capivari de Baixo, Braço do Norte, São Ludgero, Orleans e até Torres, no Rio Grande do Sul.
As diligências também identificaram os fornecedores principais do grupo, localizados nas cidades de Palhoça e São José. Com base nas provas reunidas, foi possível comprovar que os lucros do tráfico eram lavados por meio da aquisição e construção de imóveis — o que fundamentou o sequestro judicial dos bens.
Durante o cumprimento dos mandados nesta sexta-feira, foram presas oito pessoas preventivamente, além de outras cinco em flagrante por crimes relacionados ao tráfico de drogas e posse de armas com numeração suprimida. Um dos suspeitos permanece foragido.