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GeralPsicóloga orienta a aproveitar o isolamento para fortalecer vínculos em família

Psicóloga orienta a aproveitar o isolamento para fortalecer vínculos em família

Cansamos de ver, na TV, situações de confinamento, principalmente em realities shows como Big Brother, Largados e Pelados e A Fazenda. Muitos de nós duvidamos que haja, mesmo, algo de “reality” no show. Porém, vivenciando de perto o primeiro dia do isolamento decretado em Santa Catarina, nossa mentalidade sobre o assunto muda um pouco.

Arquivos de Powerpoint e dezenas de vídeos surgiram em meio a essa pandemia. Desde pequenos, na escola, aprendemos que somos seres sociais e nos organizamos em sociedade por meio da interação social. Portanto, durante períodos de isolamento, o mal-estar psicológico pode se instalar, fragilizando nossa capacidade de adaptação e reação ao estresse do confinamento, produzindo respostas fisiológicas e emocionais que podem impactar nosso sistema imunológico e a condição de equilíbrio mental para enfrentamento de situações adversas.É i

mportante que todos tomem consciência das dificuldades atuais, exercitando empatia, firmando acordos e regras de convívio, e buscando um elevado espírito de colaboração e apoio mútuo, a fim de tornar a vida agradável durante esse período. Crianças, Idosos e portadores de deficiências, pacientes com baixa imunidade e doenças crônicas devem ser ouvidos e priorizados, pois tem perspectivas e necessidades peculiares. Conversar, escutar, compreender e estabelecer rotina solidária inclusiva é importante para que as limitações impostas pela pandemia possam ser assimiladas e seguidas. Adapte as restrições diminuindo a sensação de perda e impedimento.

A psicóloga sombriense Alessandra Jorge de Oliveira Soares, alerta que o isolamento vem acontecendo há muito tempo, no que diz respeito, pois há muitas pessoas em nosso redor que já vivem em isolamentos causados por doenças, físicas ou psicológicas, a ponto não possuírem nenhum tipo de interação social.

Em relação a esse isolamento decretado, imposto como precaução, gera o estranhamento e a insegurança do “até quando?”. Isso pode trazer sintomas como ansiedade, angústia, sentimento de solidão, até mesmo, desespero. “Esses sentimentos são normais”, segundo a psicóloga, porque até esse momento, o hábito era o de estar convivendo, mesmo nas redes sociais, o assunto mais recorrente tem sido a pandemia, gerando essa overdose de informações, muitas vezes truncadas e conflitantes.

Ela recomenda que se respire fundo e não haja pânico. Todas as precauções foram tomadas e devem ser consideradas e obedecidas. As rotinas, porém, foram bruscamente alteradas e devem ser readaptadas. As pessoas devem voltar-se para si nesse momento e cuidar-se, realmente, mas também cuidar das emoções e psicológico, aproveitar para promover conexões em família e resgatar alguns sentimentos esquecidos de comunhão. “Aproveitar esse tempo para olharmos nos olhos daqueles que estão em casa, conosco”, aconselha.

Os adolescentes, segundo Alessandra, pela própria natureza, vão achar muito chato estarem confinados, sem a interação natural da adolescência. Os pais devem aproveitar o tempo, para assistir a um bom filme, uma boa série e programar outras atividades, que a rotina atribulada não permitia. Ela recomenda aos pais que recordem como é ser adolescente e a necessidade que sentem de pertencimento ao grupo.

Às crianças, o isolamento não é bem-vindo. Elas tem bastante energia, gostam de correr e brincar, mas é um momento, segundo a psicóloga, para estimular a criatividade, utilizar materiais reciclados, por exemplo, para desenvolver o raciocínio e dar um basta no tédio. “Cheguei em casa hoje, e minha filha, de uma caixa de sapatos, fez a casa da Barbie”, conta.

Ao adultos, “eles estão com os remos do barco na mão, para salvar famílias inteiras, além das responsabilidades normais do dia-a-dia”, vem a carga pesada imposta pela possibilidade da doença. Alessandra alerta para que façamos o exercício de lembrar que as rotinas de todas as casas foi alterada e que isso não está acontecendo somete com ele. “Desconecte-se um pouco, descansa, ouve aquela música que fazia tempo que não sobrava tempo, uma receita em família. Enfim, cuidar de si”.

Como último conselho, a psicóloga diz que devemos filtrar aquilo que ouvimos e vemos. Assim vamos gerar, na crise, pensamentos que nos remetam, também à saída da crise.

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