A inviabilidade técnica para a instalação do Projeto Portuário Marítimo Privado em Torres impede a realização do sonho da maioria da população torrense. Apesar do grande empenho do prefeito Carlos Souza em trazer o Porto para o município, a ausência de uma área testeira de no mínimo 600 metros e os resultados dos exames de batimetria, que mede a profundidade dos oceanos, impossibilitam a ideia. Mas a articulação de Carlos Souza atingiu seu objetivo maior, que é de implantar o Projeto Marítimo no Litoral Norte. O Porto deve ficar em Arroio do Sal. Conforme o prefeito, o ideal seria Torres sediar o Porto, mas devido a ausência de condições técnicas, ele vai continuar lutando para que fique no Litoral Norte, em benefício da região que também crescerá com a iniciativa.
Nesta semana o tema foi debatido durante reunião-almoço realizada em Torres, contando com a presença do senador Luis Carlos Heinze. O encontro teve grande adesão de empresários e políticos, além do prefeito, do senador e do engenheiro civil idealizador do projeto, Fernando Carrion, estavam os empresários como Ruben Bisi, da Mobi Caxias, Ronaldo Bolognesi, da Bolognesi Engenharia: Nasser Samhan, do Sindilojas e Eraclides Maggo, da Actor, entre outros, como vereadores e imprensa. Após a reunião-almoço, a comitiva foi a Arroio do Sal, para outro encontro sobre o Terminal Portuário Marítimo Comercial, presidida pelo vice-prefeito da cidade, Adilson Vargas. Em sua fala, em Torres, o prefeito agradeceu a presença de todos, em especial ao senador Heinze por ter trabalhado muito pelo Rio Grande do Sul. Também fez agradecimentos ao mentor do projeto, Carrion, a Bisi, que trouxe a Serra Gaúcha para o debate e ainda a Bolognesi pelo interesse na causa. Sobre a implantação do Porto em Torres, destacou que tratando-se de um Porto moderno, com alto grau de exigência ambiental, a iniciativa seria de grande importância para a cidade., Lembrou que Santa Catarina tem cinco grandes portos. “Defendemos o Porto no Litoral Norte e posteriormente em Torres”. O senador falou que vem se empenhando sobre a infraestrutura do Estado. “Quando entendi que a ideia do Porto era uma boa, a primeira pergunta foi se isso não iria atrapalhar o turismo em Torres”. No momento que nos reunimos e entendemos que não seria um problema, seguimos adiante, sempre junto do prefeito Carlos. Comentou que o projeto do Porto passou por exames de viabilidade técnica pela Marinha no Litoral Norte, como de maregrafia e batimetria, tendo os interessados já recebido o mapa com definições positivas para Arroio do Sal. O senador Heinze deixou claro a luta inconteste do prefeito de Torres, Carlos Souza para viabilizar a alternativa local, deixando claro que o motivo não foi por falta de interesse e sim técnico.
Além de ser necessário condições técnicas favoráveis,para o Porto, que é privado, “quem vai decidir onde vai ser o Porto, será o investidor”. Esta é a síntese da fala de Ruben Bisi, da Mobi Caxias, frisando que precisamos de uma logística melhor para o transporte de mercadorias. Hoje, as empresas utilizam o Porto de Rio Grande e Santa Catarina, para as empresas da Serra onde o custo de logística é muito alto. “Estamos apoiando a questão do Porto no Litoral Norte desde o princípio”.
Em sua manifestação, Bolognesi disse que “nós da engenharia temos que ser realistas, ao conceber uma obra precisamos levar em consideração a realidade física do local, sendo que o impacto de vizinhança é muito importante em uma obra dessa envergadura”. Continuou dizendo que nós precisamos trazer para o Litoral Norte um Porto que seja o melhor e mais moderno. Além da viabilidade técnica, destacou a importância da viabilidade econômica e assim como Bisi,destacou a palavra forte do investidor uma vez que o Porto será um investimento de R$ 2bilhões “sendo construído para uma história definitiva”, concluiu.