O salário mínimo no Brasil deve passar de R$ 1.412 para R$ 1.518 a partir de 1º de janeiro de 2025, representando um aumento de R$ 106, equivalente a 7,5%. Embora o decreto oficial ainda não tenha sido assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), fontes do governo garantem que os cálculos já estão finalizados e seguem as diretrizes aprovadas no novo arcabouço fiscal, liderado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
A nova regra para reajuste do salário mínimo mantém o aumento real vinculado ao Produto Interno Bruto (PIB), mas impõe um limite alinhado ao teto de correção do arcabouço fiscal, que pode variar entre 0,6% e 2,5% ao ano. Caso ainda vigorasse a regra anterior, o salário mínimo chegaria a R$ 1.528, uma diferença de R$ 10.
Além de assegurar o poder de compra dos trabalhadores, o salário mínimo serve de referência para o pagamento de aposentadorias, pensões e benefícios assistenciais, como o Benefício de Prestação Continuada (BPC).
Com a nova política de reajuste, o governo estima uma economia de R$ 15,3 bilhões nos anos de 2025 e 2026, devido à limitação do ganho real, reduzindo o impacto financeiro das despesas obrigatórias vinculadas ao salário mínimo.
A expectativa é que o novo valor seja oficializado nos próximos dias por meio de decreto presidencial publicado no Diário Oficial da União.