A partir da última segunda-feira (4), Santa Catarina passou a adotar um novo esquema de vacinação contra a poliomielite, substituindo a tradicional vacina oral (VOP), conhecida pelas “gotinhas”, pela vacina inativada (VIP), que é administrada por meio de injeção. A medida, tomada pelo Ministério da Saúde, visa reforçar a proteção contra a doença e oferece uma imunização mais segura e eficaz.
Com a mudança, o novo esquema vacinal passa a ser exclusivamente com a VIP, e a VOP não será mais aplicada nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs). O novo cronograma de vacinação contra a poliomielite fica assim:
- 2 meses: 1ª dose (VIP)
- 4 meses: 2ª dose (VIP)
- 6 meses: 3ª dose (VIP)
- 15 meses: reforço (VIP)
Anteriormente, o esquema combinava a VIP (vacina inativada) para as três primeiras doses e a VOP (vacina oral) para o reforço aos 15 meses e aos 4 anos de idade. Com a substituição, o reforço aos 15 meses será feito apenas com a VIP, uma vacina mais segura e eficaz para a prevenção da poliomielite.
A meta nacional do Ministério da Saúde é alcançar uma cobertura vacinal de 95% até o final de 2024, ampliando a proteção contra a poliomielite e outras doenças imunopreveníveis em todo o Brasil. Em 2023, o Brasil já havia conseguido aumentar a cobertura vacinal de várias vacinas do Calendário Nacional de Imunização, incluindo a VIP, que atingiu 86,5% de cobertura, e a VOP, com 78,2%.
Em Santa Catarina, os números são ainda mais positivos: a cobertura da VIP chegou a 92,05%, e a da VOP atingiu 84,40%. Esses índices indicam um bom nível de adesão da população à imunização, mas o estado ainda busca alcançar a meta de 95% de cobertura para garantir a erradicação da poliomielite.
A decisão de adotar exclusivamente a VIP segue uma tendência mundial. Países como os Estados Unidos e várias nações europeias já utilizam a vacina injetável como o único esquema para prevenir a poliomielite, devido à sua maior segurança e eficácia em garantir a erradicação da doença.
Apesar da substituição das gotinhas, o Zé Gotinha, símbolo das campanhas de vacinação desde os anos 1980, continuará sendo o principal porta-voz da saúde pública no Brasil. O personagem continuará a promover a vacinação e a importância do Sistema Único de Saúde (SUS). “O Zé Gotinha segue firme na defesa do SUS e na promoção da vida”, afirmou o ministro da Saúde.
A mudança no esquema de vacinação reflete um esforço contínuo para erradicar a poliomielite, uma doença altamente contagiosa que pode causar paralisia permanente em crianças. Embora a doença tenha sido praticamente erradicada no Brasil, é fundamental manter a alta cobertura vacinal para evitar surtos e garantir a proteção das gerações futuras.
Ministério da Saúde|SC