O Brasil registrou 37 casos de sarampo em 2025, após a confirmação de mais três infecções em Primavera do Leste (MT). Apesar disso, o país mantém o certificado de país livre da doença, já que a maioria dos casos tem origem importada e não há circulação interna endêmica do vírus.
Segundo informações da Agência Brasil, os focos de infecção no Tocantins e em Mato Grosso começaram com a reentrada de pessoas infectadas durante viagem à Bolívia, país que enfrenta surtos da doença. O Ministério da Saúde e as secretarias de saúde atuaram com bloqueio vacinal e monitoramento para evitar a disseminação.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, reforçou que a melhor prevenção é a vacinação. “No Brasil, acreditamos na ciência e, por isso, a vacina está disponível gratuitamente para toda a população de 12 meses a 59 anos. Estamos empenhados em evitar a reintrodução do vírus no país. Além das ações de vigilância, o Ministério da Saúde tem garantido o abastecimento de imunizantes em todos os estados”, declarou.
Alerta nas Américas e reforço vacinal
A situação epidemiológica do Brasil foi apresentada à Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), que reconheceu a resposta rápida aos casos importados. No entanto, a Opas retirou o certificado de eliminação da doença do continente americano nesta semana, após o Canadá registrar circulação endêmica do vírus por mais de 12 meses. As Américas registraram mais de 12,5 mil casos de sarampo até novembro.
Em resposta ao risco, o Brasil intensificou o cinturão vacinal na fronteira com a Bolívia, aplicando quase 126 mil doses nos estados de Acre, Mato Grosso do Sul, Rondônia e Mato Grosso. O Pará, que recebe grande fluxo de pessoas por causa da COP30, também intensificou as ações, aplicando cerca de 351 mil doses desde o início do ano. O Brasil ainda doou 640 mil doses da vacina ao país vizinho (Bolívia).
Cobertura vacinal e esquema completo
No ano passado, o Brasil atingiu a meta de cobertura de 95% na primeira dose, mas apenas 80,43% do público-alvo infantil recebeu a segunda dose. Este ano, a cobertura da vacinação infantil está em 91,51% na 1ª dose e 75,53% na 2ª.
A vacina é gratuita e faz parte do calendário básico de vacinação infantil, sendo a primeira dose (tríplice viral) aplicada aos 12 meses, e a segunda (tetraviral) aos 15 meses.












