A cada três mortes de pessoas adultas no Brasil, duas são de homens. Conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os homens brasileiros vivem, em média, 7,2 anos a menos que as mulheres e têm mais doenças do coração, câncer, diabetes, colesterol e pressão arterial mais elevadas. Com o calor, aumenta a ingestão de bebida alcoólica e o alerta fica para a desidratação do organismo e riscos de acidentes em geral.
“Mais de um terço dos homens não cuidam da própria saúde. Eles costumam usar o Sistema Único de Saúde pelos serviços de atenção especializada – média e alta complexidade, esquecendo a prevenção primária. São relutantes em procurar auxílio médico e a maioria vai as consultas acompanhados por mãe, esposa e até mesmo filha, muitas vezes só procurando ajuda quando o sintoma já está avançado”, observa o cirurgião geral do Hospital Dom Joaquim Maikon Madeira.
Segundo o médico, cada vez mais pesquisas comprovam que a saúde, mais do que genética, é consequência das escolhas e hábitos de vida. “Hábitos saudáveis, atividades físicas regulares, alimentação equilibrada e o uso moderado de bebidas alcoólicas são cruciais para diminuir doenças evitáveis. Consultas de rotina e alguns exames devem fazer parte da rotina dos homens, em busca de uma vida mais longa e saudável. Porém, eles costumam dar menos atenção à saúde e realizam menos consultas. Os homens precisam quebrar o mito de serem fortes o tempo todo”.
Para o cirurgião-geral o melhor caminho para reverter estatísticas, vem da disseminação de informação massiva e comunicação, promovendo a saúde, tendo como foco estratégias para aumentar a demanda dos homens aos serviços de saúde, estimulando o autocuidado e hábitos saudáveis.