A morte aconteceu na madrugada de sábado (11) no Hospital Infantil Joana de Gusmão, em Florianópolis
A Secretaria de Estado da Saúde (SES) afirmou, em nota enviada à imprensa, que descarta que o óbito de uma criança de dois meses tenha relação com falta de leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTI). A morte aconteceu na madrugada de sábado (11) no Hospital Infantil Joana de Gusmão, em Florianópolis.
Segundo a SES, a paciente estava passando pela segunda internação no hospital e recebeu assistência das equipes médicas da unidade. Entretanto, devido ao agravamento da sua condição clínica, não resistiu.
Falta de leitos de UTI
Santa Catarina está em situação de emergência em saúde por conta da falta de leitos de UTI no SUS. Segundo o painel de leitos da SES, a taxa de ocupação é de 96,61%. Isso significa que, dos 1.063 leitos ativos, apenas 36 estão disponíveis. O Grande Oeste e o Vale do Itajaí, por exemplo, estão com 100% dos leitos ocupados. Todas as outras regiões catarinenses estão com, pelo menos, 92% de ocupação nos leitos.
Nos leitos pediátricos, a situação é ainda mais crítica, pois não há nenhum leito disponível em nenhuma região do estado. Na terça-feira (14), o Governo do Estado inaugurou 10 novos leitos de UTI adultos na região metropolitana de Florianópolis. Desde o início da situação de emergência, foram abertos seis novos leitos de UTI neonatal e oito de cuidados intermediários pediátricos. Segundo o Governo, são os primeiros 14 dos 82 leitos pediátricos e neonatais que estão sendo implantados na Grande Florianópolis, Meio-Oeste e Serra.
No momento, não há paciente aguardando transferência para leito de UTI neonatal. Entretanto, nove pacientes buscam por leitos SUS de UTI pediátrica. Oito deles buscam atendimento por problemas respiratórios. Há também cinco pacientes aguardando transferência para leito de UTI adulto nos hospitais catarinenses.