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ColunistasSimplificando a Vida | Você vive no presente? | Fumiko Kouketsu

Simplificando a Vida | Você vive no presente? | Fumiko Kouketsu

Olá, gente do bem! Tudo bem por aí?  Desejo que esteja tudo em paz. Estava aqui pensando como a vida é curta, e como o tempo escorrega das nossas mãos. E sem querer, comecei a fazer umas especulações por aqui. Você sabia que a OMS (Organização Mundial da Saúde) afirma que vamos viver mais. Hoje, a média de vida dos brasileiros é de 76,3 anos, segundo pesquisas.  Mas não adianta apenas viver bastante. Precisamos ter uma vida longa e boa. Mas uma questão fica sempre, deste dia, o que valeu a pena, realmente?

Aí é que está, perdemos esta percepção de que a vida acontece a cada dia. Deixamos de viver o hoje porque estamos muito ansiosos planejando o futuro. Sempre nos perguntando como as coisas serão, o que vão acontecer, como posso fazer, enfim.

A ansiedade que querer prever, como se fosse possível ficar viajando no tempo, de ontem para amanhã, e de volta e sempre faz a gente perder o dia. E quando isto me vem à mente, penso logo o quão inconscientes estão vivendo. Alienados de nós e dos outros, desatentos à vida que acontece a cada segundo, que passa desapercebido porque estamos viajando no nosso túnel do tempo.

Seria a necessidade de fugir do presente? Ou seria o mau uso do tempo agora, que já se chama presente, mas não o valorizamos como tal. Também passamos muito tempo no passado, nos lamentando, contando histórias para nós mesmos e para os outros de como foi que perdemos coisas, pessoas, e continuamos revivendo, ou seja, vivendo de novo, todas as dores e todas as perdas.

E enquanto isto, deixamos o hoje sem dono, sem ninguém que o cuide, que o faça, que o construa.  E então, preciso citar o poeta, que morreu aos 88 anos, Mario Quintana que nos deixou também estes versos: “Um dia… Pronto!…Me acabo. Pois seja o que tem que ser. Morrer: Que me importa? O diabo é deixar de viver.”

Aqui, o poeta refere-se a deixar de viver, não com o sentido de morrer, perder a vida. Ele nos fala de morrer, quando permanecemos na ilusão de que a vida pode acontecer sem problemas, sem desafios e sem dificuldades. Este é o desejo de muitas pessoas. Então, fico curiosa em saber como seria uma vida inóspita, cinza, descorada, pálida e sem sabor?

Como seriam os dias todos iguais e previsíveis? Onde estaria a graça de aprender algo novo, o frio na barriga e aquelas borboletas que aparecem de vez em quando rodeando o nosso abdômen?

Como seria não ter nada para fazer por dias infinitos? Não conhecer pessoas novas, lugares e culturas diferentes?

Imagine todos nós iguaizinhos?

Pensando do mesmo jeito, concordando em tudo?

Já estou sentindo tédio só de pensar. Mas aí, você poderia dizer: -Tá bom, mas poderíamos diminuir um pouquinho a quantidade de problemas?

A minha resposta é: pode ser que sim. Existe outra opção: aprendermos com cada adversidade, e com elas crescer. E cada vez ficar maior e maior. E assim ficamos maiores do que os problemas. Você sabia que já fazemos isto, mesmo sem saber?

É só você pensar em todas as dificuldades que você já superou. E sobreviveu.

E hoje, certamente, todos podemos afirmar que saímos mais fortes e melhores. Portanto, aproveite o dia de hoje. Ele é único e nos traz raros aprendizados.  Aproveite cada minuto. Retire de tudo uma lição. Boa semana!

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