O Sindicato dos Comerciários do Vale do Araranguá (Sitracom) divulgou nesta semana que segue negociando a Convenção Coletiva (CCT) em quatro categorias profissionais. Sendo que em duas delas, comércio varejista/atacadista e farmácias, a entidade entrou com pedido de dissídio coletivo na Justiça do Trabalho. “O encaminhamento do dissídio foi necessário, pois as propostas apresentadas pelos representantes patronais traziam prejuízos para os trabalhadores”, informaram os diretores do Sitracom. “A cada ano, com a reforma trabalhista e todas as outras medidas que o governo têm tomado contra os trabalhadores, tem ficado cada vez mais difícil garantir uma boa Convenção Coletiva de Trabalho para as categorias que representamos”, disseram. “Mas mesmo dentro deste cenário negativo, nossa luta será sempre pela melhor negociação possível para os trabalhadores”, completaram. Eles também ressaltaram que enquanto uma nova Convenção Coletiva de Trabalho não for assinada, os trabalhadores ficam protegidos pela garantias estabelecidas na Convenção anterior.
Evolução das negociações
A negociação para firmar as convenções coletivas iniciaram em março, com o Sindicato entregando as propostas aos representantes patronais. De lá para cá, indefinições sobre alguns pontos e falta de interesse do patronal, impediram da negociação ser concretizada. “Além do percentual de aumento salarial, também tem a questão de inúmeras cláusulas sociais que o patronal quer retirar da convenção, e isso não negociamos”, revelou a diretoria Executiva do Sitracom. O Sitracom recebeu uma nova proposta do SindiLojas (aguardada desde o dia 30 de agosto) e informa que já analisou e encaminhou contraproposta ao patronal. “E agora, aguardamos o posicionamento dos representantes patronais para dar andamento a negociação”, disse o sindicato.
Em relação as concessionárias, o Sitracom aguarda um posicionamento das federações estaduais Fecesc e Fecomércio. Já para as categorias de material óptico e farmácias, por enquanto o patronal não sinalizou com uma proposta.
Contribuição Sindical/Negocial
A Reforma Trabalhista e outras medidas do atual governo dificultaram ainda mais as formas do trabalhador poder contribuir pela manutenção do seu sindicato. Por isto, a direção do Sitracom pede aos trabalhadores para que não deixem de contribuir com o sindicato, para que o mesmo possa continuar de portas abertas, defendendo os interesses de todos os comerciários.