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Sul de Santa Catarina registra primeira queda na geração de empregos formais em 2025

Depois de quatro meses de saldo positivo, o Sul de Santa Catarina teve, em maio, a primeira queda no número de empregos formais em 2025. De acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego, a mesorregião registrou 505 desligamentos a mais do que admissões durante o mês.

O resultado representa uma desaceleração em comparação com abril, quando o saldo havia sido positivo em 1.471 vagas. Também é inferior ao desempenho de maio de 2024, que fechou com 626 postos de trabalho adicionados. A diminuição acompanha a tendência observada em âmbito estadual e nacional.

No Brasil, foram criadas 148.992 vagas formais em maio, número inferior às 237.377 de abril. Em Santa Catarina, o mês fechou com um saldo de apenas 366 novas vagas, contra 9.087 no mês anterior.

Apesar da baixa pontual, o acumulado do ano na região Sul do Estado segue positivo. Entre janeiro e maio, foram geradas 10.082 novas vagas formais. O dado é considerado consistente por especialistas.

“Apesar desse resultado pontual no Sul do Estado, é importante destacar que o acumulado do ano permanece positivo, sinalizando um desempenho consistente na geração de empregos até o momento”, afirma o economista Leonardo Alonso Rodrigues, que junto com o também economista Alison Fiuza, elabora o Boletim do Emprego Formal, disponibilizado pela Associação Empresarial de Criciúma (Acic).

Construção civil lidera queda

O setor da construção civil foi o que apresentou maior queda na região em maio, com 564 vagas a menos. Segundo os analistas, o resultado pode estar relacionado aos impactos da taxa de juros elevada, que encarece financiamentos e afeta a execução de novos projetos.

Por outro lado, o setor de serviços foi o único com desempenho positivo no mês, com saldo de 432 vagas. Esse crescimento foi impulsionado, sobretudo, por segmentos ligados à saúde e à administração pública.

“Esses segmentos estão mais vinculados ao setor público, e esse movimento pode indicar também um menor protagonismo da iniciativa privada na geração de empregos neste mês, em um cenário macroeconômico mais desafiador”, avalia Rodrigues.

Para os especialistas, embora os dados de um único mês não permitam conclusões definitivas, o resultado de maio pode sinalizar os primeiros reflexos de um ambiente econômico mais incerto no país, com juros elevados, pressão inflacionária e indefinições fiscais.

A publicação completa do Boletim do Emprego Formal está disponível para consulta no site da Acic.

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