Na segunda, no centro de Passo de Torres, a Polícia Militar, em rondas, visualizou um casal andando a pé na calçada, e ao passar ao lado deles, o homem falou bem alto e claro “olha os porcos” – termo depreciativo, já conhecido no meio policial como uma forma de rebaixar, ofender, ridicularizar os policiais militares.
De imediato, a guarnição efetuou a abordagem do homem e realizou uma revista, sendo nada de ilícito localizado. Em conversa com ele, primeiramente afirmou que não havia falado nada, já sua namorada falava que o mesmo estaria brincando.
Com o passar da abordagem, ele foi mudando seu relato, dizendo num certo momento que estava falando com sua namorada sobre porcos. Ao dar seu relato individual da ocorrência, falou que não chamou a guarnição de porcos e que estava conversando com sua namorada sobre a fazenda que seu pai deixou para ele, e nessa fazenda existem porcos.
Durante toda a abordagem o agente demonstrava agressividade, dizendo que os policiais estavam cometendo abuso de autoridade, que iria processar a guarnição por calúnia e difamação.
Em todo momento continuou dizendo, que os policiais deviam estar prendendo traficantes, faccionados, e não um cidadão de bem que paga seus salários, e só estava indo ao mercado.
No início, ele estava negando assinar o termo circunstanciado, mas após uma longa conversa com seu advogado, decidiu assinar. Em consulta ao sistema da Brigada Militar, constatou-se que tem passagens por ameaça (suspeito), estupro de vulnerável (suspeito), descumprimento de medida protetiva (suspeito), perturbação do trabalho ou sossego alheio (suspeito), ameaça no âmbito da Lei Maria da Penha (suspeito).
Já no estado de Santa Catarina, o mesmo tem passagem por falsa identidade (autor). Após assinar o termo de compromisso de comparecimento, o agente disse que não iria comparecer na audiência. Logo após foi marcada audiência no fórum da comarca de Santa Rosa do Sul.