Em Mostardas, cerca de 200 famílias foram atingidas pelas inundações
O Litoral Norte e diversas cidades do interior do Rio Grande do Sul enfrentam sérios transtornos causados pelos temporais registrados nos últimos dias. Em Mostardas, cerca de 200 famílias da localidade de Solidão foram atingidas pelas inundações. A água invadiu casas e estabelecimentos comerciais, conforme informou a Prefeitura.
Moradores estão abrigados em uma escola municipal e em casas de familiares. As aulas foram suspensas na sexta-feira (30). Apesar de a chuva ter cessado, a cidade ainda lida com instabilidade no sinal de telefonia e falta de energia elétrica, especialmente em regiões mais afastadas, como relatou o secretário de Administração, André Soares.
Agricultores se mobilizaram para ajudar no escoamento da água, utilizando bombas de lavouras para direcionar o volume acumulado para uma área segura às margens da BR-101, sem residências ou riscos para outras famílias. A estimativa da prefeitura é de que tenham chovido mais de 400 mm nos últimos dias, quantidade quatro vezes superior à média histórica de maio, que é de 107 mm, segundo dados da Climatempo.
Além de Mostardas, ao menos outras 21 cidades gaúchas registraram problemas relacionados ao temporal, conforme levantamento da Defesa Civil divulgado nesta sexta. Os principais relatos incluem alagamentos, deslizamentos de terra, interdição de pontes e centenas de pessoas desalojadas ou desabrigadas.
Alguns dos municípios afetados incluem:
Alegrete: 191 desabrigados e 346 desalojados devido à elevação do rio Ibirapuitã.
Cacequi: alagamentos generalizados e pontes comprometidas.
Santa Cruz do Sul: deslizamentos de massa atingiram duas casas; o rio Pardinho extravasou.
Sobradinho: mais de 1.200 pessoas afetadas após queda de árvore e rompimento de passo provisório.
Quaraí: 23 pessoas desabrigadas e 32 desalojadas.
Travesseiro, Estrela, Uruguaiana, Chuí, São Borja, entre outras, também relataram ocorrências graves.
As autoridades seguem monitorando as áreas afetadas e recomendam atenção da população para evitar deslocamentos em regiões alagadas ou com risco de deslizamentos. A Defesa Civil permanece em alerta.