2020 foi um ano atípico em muitos sentidos. Tivemos poucas alegrias, muitas tristezas. Ansiedade, apreensão… E para os professores, foi um ano de incessante trabalho!
Todos os nossos horários, todos os nossos cômodos, todos que convivem com professores passaram a fazer parte das aulas remotas. Seja pelas videoconferências que escancararam as nossas privacidades, seja pelas aulas gravadas que acabaram por mostrar nossa intimidade de casa, seja pelas mesas, sofás, salas, quartos e até cozinhas invadidas por atividades impressas para elaboração e correção.
Nossos telefones repletos de mensagens nos horários mais e menos convenientes, respondidas com carinho, afeto e principalmente compromisso com o aprendizado, seja como for. Celulares já quase sem memória, sempre conectados, tripés profissionais, semiprofissionais ou arranjados em pilhas de livros e demais gambiarras.
Aprendemos a utilizar plataformas, a gravar aulas, editar vídeos, fazer lives, diagramar fichas, baixar e enviar atividades nos mais diversos formatos. Aprendemos novas metodologias, reinventamos nossos planejamentos e nossas aulas. Consolamos alunos e pais, que tiveram que se tornar também um pouco professores.
Nunca o método Paulo Freire de adequação do conteúdo ao meio em que o aluno está foi tão utilizado e difundido. Ironicamente, o criador do método que tem tornado a educação possível nunca foi tão difamado por quem não entende de educação.
Que 2021 seja um ano de gratidão pelo que se fez em 2020, de reconhecimento de acertos e erros, de adequação. E que não retrocedamos, mas avancemos para uma educação cada vem mais universal, atual e significativa. Que a comunidade escolar, pais, professores, gestores e familiares sigam fazendo parte do que é a escola.
