No último dia 4 de fevereiro, o governador de Santa Catarina Carlos Moisés da Silva foi perguntado pela primeira vez publicamente sobre o avanço mundial do novo Coronavírus. A resposta de Moisés foi curta: “Temos muito pouca informação”, disse.
Cabe ressaltar que nesta data o Brasil não tinha registrado nenhum caso, o que só aconteceu semanas depois, no dia 25 daquele mês. Apesar disso, as autoridades nacionais já se preparavam para uma possível chegada do vírus em território brasileiro.
Além do desafio natural de promover barreiras sanitárias e controle dos doentes, os órgãos de saúde tinham uma dificuldade ainda maior: o vírus era um completo estranho. Enfrentar o desconhecido é um obstáculo gigantesco, especialmente na área de saúde. Já imaginou lutar contra o que você nem sabe o que é?
Hoje a situação é diferente: a informação chegou. Veio por veículos de comunicação locais, nacionais e internacionais. Teve notícia da China, do Irã, da Itália, da Espanha, de São Paulo, e de tantos outros lugares. Com a informação, chegou também a eficiência, a assertividade e a tranquilidade.
Tanto é que o governo do Estado já maneja a retomada dos setores econômicos em meio aos cuidados de saúde.
Sociedade, cidadãos e governos bem informados são hoje uma arma na defesa da vida. Por isso, não tenho dúvidas de que a imprensa é um dos maiores protagonistas mundiais da luta contra a Covid-19. Não à toa, foi reconhecida como atividade essencial por decretos do governo federal e também do governo estadual.
No Estado, a Associação dos Jornais do Interior de Santa Catarina (Adjori/SC) promoveu um movimento abrangente de integração editorial dos seus veículos. A capa conjunta, que nasceu na Associação Nacional dos Jornais (ANJ), foi publicada por pelo menos 60 jornais da entidade.
A mensagem não poderia ser mais clara: “Juntos vamos derrotar o vírus: unidos pela informação e pela responsabilidade”. A campanha é histórica. Uniu a imprensa em torno da defesa da vida, da proteção social, e do interesse comum dos cidadãos.
Na outra ponta, está a preocupação das autoridades (mais uma vez) com as fake news. Muita desinformação surgiu nas redes, mas o remédio contra elas é o mesmo: jornalismo sério e comprometido, que tem a confiança majoritária do público, registrada em pesquisas recentes.
Nós, jornalismo impresso que circulamos nas comunidades, somos o veículo com credibilidade e intimidade pra chegar na casa de cada catarinense, e levar a notícia do jeito que nosso leitor precisa.
A primeira batalha, é uma batalha por informação. Saber como o vírus se comporta, onde está, onde esteve, quem combateu, como, que meios são eficientes. Esse intercâmbio rápido tem sido uma das maiores riquezas na experiência de enfrentar a Covid-19. Enquanto não aparece uma vacina, nossa principal arma é informação, informação e informação.