Em muitos canais de televisão e até mesmo na internet, assistimos programas de reformas de carros antigos. Geralmente isso acontece nos Estados Unidos e Europa. Todos nós temos em nossa casa alguém que gosta e admira carros antigos, ou até mesmo alguém que tenha algum.
Dois amigos e sua família decidiram começar com esse hobby em Araranguá. José Alves da Costa, mais conhecido com Zé, é de São Paulo e atua como restaurador e Edio Pedro da Rosa, mais conhecido como Edinho que é empresário de Araranguá vão restaurar um Maverick, achado e adquirido filhos de Edio. Em entrevista ao Jornal Amorim, eles contam como tudo isso começou:
“Sabemos que a paixão daquilo que fizemos sempre fala mais forte, queremos restaurar a história por trás desses carros antigos”, disse Zé. “O Edinho foi indicado pelo Alveri de Sá, que é um grande colecionador de carros aqui da região”, contou.
Edinho diz que o carro foi achado pelos seus filhos no Oeste catarinense, e de lá foi trazido para cá, e ao se envolver nisso acabou descobrindo o Zé. “Eu acho importante que esse trabalho alcance mais pessoas que gostam desse ramo de carros antigos, por isso vamos trabalhar na divulgação desse projeto”, diz Edinho.
Zé também falou que o carro já começou a ser mexido. Agora está sendo trabalhada a parte traseira do carro, como molas e suspensões, “Às vezes parece pequeno o serviço que é feito, mas traz uma importância muito grande para nós”, conclui.
“O envolvimento de cada um nesse projeto é muito importante. Estamos só começando, quinzenalmente será mostrado para as pessoas como está fluindo, nas redes sociais estará sempre atualizada. Será feita uma página para o carro também para aquelas pessoas que curtem tudo isso”, revela Edinho.
Zé lembrou que cada carro antigo carrega histórias e uma geração com eles. Por serem os primeiros carros e modelos a começarem a se tornar populares acabou cirando um vínculo com as famílias e pessoas, então cada pessoa que teve um desses carros, lembra, e sempre tem alguma história para contar. “Pessoas às vezes me param para bater fotos e verem por dentro. Geralmente o que eu mais escuto é que esse carro a família já teve, ou que a pessoa teve alguma lembrança com ele” fala.
No país, hoje, são sete mil Mavericks. 400 com a placa preta, “A placa é o estado de originalidade do carro, precisa estar em um clube de carro antigo e lá o carro é avaliado”, diz Zé. “A sensação que o carro traz é espetacular. Quando criança, eu ligava ele o Maverick quando não tinha ninguém olhando, mas ligava apenas para ver ele virando de lado, porque quando liga o motor e tão potente que inclina o carro, e eu ficava encantado”, lembrou Zé.
“Estamos conversando com algumas pessoas para cuidar do motor. Sobre a cor, será definida em grupo, o carro lembra e remete a um período de música, pode ser algo relacionado com isso”, comentaram eles. Eles acrescentaram que a cor pode desvalorizar o carro, e a escolha irá ser essencial.
Renato Silva, um dos filhos de Edinho, relatou que o projeto final é fazer uma Maverick Shelby, “que existiu somente umas 300, no México”.