Com a proposta de que “o cuidado também precisa de cuidado”, o projeto de Extensão Bem Viver com Alzheimer, da Unesc, realizou mais um encontro neste sábado (18), nas Clínicas Integradas. A iniciativa, que nasceu no curso de Fisioterapia, oferece um espaço de escuta, acolhimento e aprendizado voltado aos cuidadores de pessoas com Alzheimer.
O grupo, que se reúne mensalmente, é formado principalmente por familiares, além de cuidadores profissionais. A coordenadora do projeto, Elaine Meller, explicou o propósito do grupo. “O Bem Viver já é um grupo antigo dentro do curso de Fisioterapia, vinculado à Extensão. Ele sempre teve como objetivo principal cuidar de quem cuida, ou seja, dos cuidadores de pessoas com Alzheimer. Nossa proposta é promover benefícios reais para a comunidade e, ao mesmo tempo, gerar conhecimento científico”, explicou.
Escuta, afeto e inovação
Os encontros são planejados para serem um momento exclusivo do cuidador, com atividades que visam o autocuidado e o bem-estar. A coordenadora detalhou a dinâmica: “Começamos com um momento de acolhimento e escuta, fazemos dinâmicas, rodas de conversa e o tradicional café. Também promovemos atividades práticas, como alongamentos e exercícios simples, para que o cuidador tire um tempo para si”.
Elaine Meller resumiu a essência do projeto, destacando a importância do vínculo criado: “Mais do que um espaço de pesquisa, o Bem Viver é um local de afeto onde quem cuida também pode ser cuidado”.
O projeto também se destaca pela inovação. No encontro deste sábado, o professor de Ciência da Computação, André Faria, apresentou um jogo de memória lúdico, desenvolvido em parceria com um acadêmico. O jogo é criado para treinar a memória e avaliar o desempenho cognitivo dos participantes.
O professor Faria destacou a união entre áreas: “É um trabalho que une tecnologia, saúde e cuidado”.