A campanha Outubro Rosa mobilizou o curso de Psicologia e a Liga Acadêmica de Psicologia Hospitalar, Cuidados Paliativos e Luto (LAPHLU) da Unesc para uma roda de conversa nesta sexta-feira (17). O evento, que aconteceu na sala 104 do Bloco P, debateu o tema “Entre o estigma e o silêncio: a importância da fala aberta na conscientização e na busca por ajuda no tratamento do câncer”.
A professora de Psicologia Fernanda Fernandes mediou o encontro, que usou a terapia musical para abordar o estigma e a angústia de não buscar ajuda durante o tratamento oncológico.
A professora ressaltou o objetivo da conversa: “A roda de conversa foi importante para que pudéssemos falar para além da prevenção do Câncer de Mama neste Outubro Rosa, pensando também no cuidado com quem está realizando o tratamento. Falamos sobre alguns tabus, sobre o silêncio e a angústia de não buscar ajuda ou de não saber onde ter acesso. A proposta de hoje foi justamente de construirmos essa ideia de como ir buscar esse cuidado, rompendo com o silêncio que está na alma, que precisa falar, que precisa traduzir, compartilhar enquanto está vivenciando um momento que é tão desafiador como o tratamento oncológico”, pontuou.
Superação e apoio mútuo
O encontro contou com o emocionante testemunho de Elô Ramos, paciente oncológica de Sombrio, que hoje atua como terapeuta integrativa. Elô destacou a importância de um cuidado que abranja corpo, mente e espírito.
“Eu senti o chamado, um propósito maior para levar isso às outras mulheres também. Estar aqui, nessa roda de conversa, ter oportunidade de compartilhar um pouco da minha história, aprender muito com quem estava aqui foi muito gratificante. Tudo isso me motiva ainda mais a seguir com essa missão”, comentou Elô. Ela reforçou que o câncer é multifatorial, e os fatores emocionais e psicológicos são frequentemente esquecidos.
A egressa do curso de Psicologia, Camila Cardoso Molinari, também paciente oncológica, destacou o valor do momento. “O que levamos dessa manhã é a importância do cuidado e do amor próprio. Sou paciente oncológica, estou passando pelo processo do tratamento do Câncer de Mama e consigo abordar com mais propriedade sobre isso, compartilhando para outras pessoas para que deem atenção ao autocuidado e a prevenção, sempre”, frisou.