Na última quarta-feira (10), a coordenação do curso de Psicologia da Unesc, juntamente com representantes do Sistema Prisional e do Ministério Público, reuniu-se para avaliar e planejar a continuidade dos Programas de Grupos Terapêuticos. A iniciativa, pioneira em Criciúma, atende pessoas privadas de liberdade que enfrentam dependência química, visando evitar a reincidência criminal e auxiliar na construção de novos projetos de vida.
O encontro contou com a presença da coordenadora do curso, Rosimeri Vieira, da professora Larissa Queiroz, de acadêmicas estagiárias, da equipe de saúde do presídio e do promotor de Justiça Jadson Javel, idealizador da proposta.
Alcance do Projeto
Os grupos são conduzidos por acadêmicas de Psicologia Social e ocorrem em duas frentes:
Presídio Regional de Criciúma (Masculino): O projeto está na terceira edição e já atendeu 45 homens.
Penitenciária Feminina: Iniciado no segundo semestre de 2025, o grupo já atendeu 15 mulheres.
Parceria e Humanização
O promotor Jadson Javel destacou que a iniciativa surgiu da necessidade de “pensar fora da caixa” para quebrar o ciclo vicioso entre dependência de drogas e criminalidade. “Enxerguei nesse ciclo fechado que eles repetiam muito a prática criminosa em virtude do vício (…) Lembrei da Unesc, que seria a nossa salvação”, afirmou.
Para a equipe acadêmica e do sistema prisional, os benefícios são mútuos:
Para os detentos: Ocorre um atendimento humanizado e de escuta ativa, permitindo que ressignifiquem suas histórias e se preparem para a reinserção social.
Para os estudantes: As acadêmicas relataram uma transformação pessoal e profissional, aplicando a teoria em um cenário desafiador e combatendo estigmas sociais.












