O Ginásio José Antônio Carrilho da Unesc se transformou em uma vitrine de criatividade e conhecimento nesta quarta-feira (22), com a 11ª Feira de Ciências da Unesc. O evento, que faz parte da Semana de Ciência e Tecnologia (SCT) da Universidade, reuniu cerca de 200 alunos de nove escolas públicas e privadas da região, com a apresentação de 34 projetos de física, química, biologia, e um foco especial nos oceanos.
A Feira, criada em 2015, tem o objetivo de despertar o interesse pela pesquisa na educação básica. A coordenadora da ação, Mainara Figueiredo Cascaes, destacou a importância da integração. “A Feira de Ciências dentro da SCT é um link entre o Ensino Básico e a Universidade. Esse movimento de trazer as escolas para a Universidade para exporem seus trabalhos científicos é uma forma de criar na educação básica a chama da ciência, da importância do conhecimento científico para o desenvolvimento social, econômico e científico mesmo dos nossos estudantes”, afirmou.
Projetos de impacto e criatividade
A Feira contou com a participação de escolas de Araranguá e projetos inovadores como o biodigestor ligado a um motor, apresentado por alunos do Colégio Murialdo. O estudante Gustavo Santa Helena, do 2º ano do Ensino Médio, explicou o funcionamento: “Colocamos matéria orgânica dentro do biodigestor e, com a questão de temperatura e tudo mais, acontecem algumas reações químicas. Uma parte delas gera biofertilizante e a outra parte gera gás… A partir do vapor da água, conseguimos movimentar o motor, que ligado em um alternador por meio de uma correia, gera energia elétrica. E o biofertilizante, pode ser usado para fertilizar qualquer horta ou coisa do tipo”.
Gustavo celebrou o reconhecimento: “É um orgulho ver todo o esforço que a gente fez sendo reconhecido e demonstrar para as outras pessoas que como tudo que a gente descarta pode ter um destino novo e pode mudar a nossa realidade”.
A professora Monique Pereira, de uma escola de Araranguá, enfatizou que o evento reforça a capacidade dos alunos. “Quando oportunizam essa possibilidade de demonstrar um trabalho que é puramente escolar e construído por eles, eu fico muito orgulhosa, porque a gente vê a capacidade dos nossos alunos. Eles conseguem perceber que a ciência ainda está viva”, ressaltou.
A oceanógrafa e pesquisadora Carina Stefoni Böck, que visitou a feira, reforçou o valor da curiosidade desde cedo. “Esse pensamento crítico, as ideias, têm que começar desde cedo. O pesquisador tem essa mente, tem que ter essa vontade de sempre buscar novos aprendizados”, salientou.
sct 2025
A 16ª Semana de Ciência e Tecnologia (SCT) da Unesc segue até o dia 25 de outubro com o tema “Planeta Água – A cultura oceânica para enfrentar as mudanças climáticas no meu território”, com o apoio de entidades como CREA-SC e Fapesc.