Na manhã desta segunda, 25, o vereador de Balneário Arroio do Silva, Clayton, concedeu uma entrevista ao programa Jornal Amorim, da Rádio 102.9. Durante a conversa, o parlamentar, reeleito para o cargo, compartilhou sua trajetória de vida, motivação para entrar na política e os desafios enfrentados ao longo de sua carreira.
A entrevista teve início com uma breve apresentação de Clayton, que, ao ser chamado de “Sargento Clayton” pela apresentadora Rita, corrigiu: “Clayton, é Claylton”, fazendo questão de simplificar seu nome. O vereador revelou que mora há 44 anos em Balneário Arroio do Silva, tendo se mudado de Brasil Norte ainda criança com seus pais. Desde cedo, Clayton assumiu responsabilidades familiares, começando a trabalhar com apenas 12 anos como servente de pedreiro, a fim de ajudar no sustento da casa. “A gente é uma família bem humilde, meu pai era pedreiro e minha mãe faxineira”, lembrou. Clayton, junto aos irmãos, foi criado em um ambiente de trabalho duro, o que, segundo ele, moldou sua trajetória.
Com o tempo, Clayton ingressou nas forças de segurança pública, passando no concurso da Polícia Militar, onde permaneceu por cinco anos, e depois ingressando no Corpo de Bombeiros, onde trabalhou por 20 anos. Sua experiência como bombeiro, com destaque para sua atuação em São João do Sul, foi marcada por momentos difíceis, como um incêndio de grandes proporções e o falecimento precoce de um amigo muito próximo, o filho do segurança César, que também atuava na região.
A política entrou na sua vida como resposta a um episódio traumático envolvendo seu pai, que também tentou se candidatar a vereador, mas acabou sendo vítima de ataques políticos, o que agravou sua saúde. “Eu falei para ele que sairia como candidato, não para encher tripa para ninguém, mas para fazer as vontades que ele tinha”, afirmou Clayton, enfatizando que sua motivação na política sempre foi combater as “práticas sujas” que prejudicaram sua família.
Durante o bate-papo, Clayton destacou que a política, embora repleta de desafios, deve servir ao povo e não ao contrário. Para ele, o legislativo tem como principal função fiscalizar o executivo e atuar como intermediário entre o povo e o poder público, buscando sempre a melhoria das condições de vida da população. “A política tem que servir o povo e não ser servido o povo”, afirmou.
Apesar das dificuldades e obstáculos do cenário político, como perseguições e a burocracia excessiva, Clayton se mostrou determinado em continuar sua luta por melhorias no município. Ele destacou a importância das emendas que trouxe ao município, como recursos para saúde, segurança, educação e infraestrutura, além de mencionar o trabalho de fiscalização e cobrança constante das autoridades. “Eu não faço isso para ganhar votos, mas para ajudar a minha cidade a crescer”, disse o vereador.
Clayton também abordou o desafio da gestão pública e os entraves enfrentados pelas administrações municipais, como a falta de saneamento básico, iluminação pública e recursos para serviços essenciais. Ele mencionou a importância de unir os três poderes: legislativo, executivo e judiciário, para que os problemas sejam resolvidos de forma eficaz e rápida, simplificando processos burocráticos.
Ao longo da entrevista, o vereador ressaltou a necessidade de cobrar dos políticos, principalmente dos eleitos, um compromisso real com as promessas feitas durante a campanha. “Ninguém faz favor nenhum, é obrigação”, afirmou, destacando que a população deve valorizar seu poder nas urnas e exigir que suas necessidades sejam atendidas.
Clayton também falou sobre a sua vivência pessoal e os desafios que enfrentou ao longo de sua vida, especialmente durante sua infância e juventude, quando teve que conciliar o trabalho com os estudos. “Com 12 anos, já trabalhava de meio período como servente de pedreiro”, lembrou, compartilhando a dificuldade de conciliar trabalho e estudo, mas também ressaltando que essas experiências o ajudaram a se tornar quem é hoje.
Ao final da entrevista, o vereador deixou uma mensagem de respeito e dignidade para todos. Ele fez questão de frisar que a política deve ser feita com empatia e atenção às necessidades da população, sempre com respeito às pessoas que pagam pelo serviço público. “Quando você respeita, valoriza e cuida da população, você tem uma boa aceitação”, concluiu Clayton.
