Após o recesso de Carnaval, a volta às aulas foi marcada por um processo de readaptação, especialmente para os alunos mais jovens, que enfrentam sua primeira experiência escolar, e até para os maiores, que precisam se acostumar a deixar os celulares de lado. Em Orleans, no Colégio Unibave, mais de 310 alunos retornaram às atividades escolares.
De acordo com a psicóloga educacional, Geciane Paladini Lima, a palavra-chave desse momento é o acolhimento. “É um momento de adaptação para todos, alunos, famílias e professores. Estamos todos nos conhecendo, especialmente as crianças mais novas”, explica Geciane, destacando a importância de respeitar o tempo de cada um nesse processo.
Para muitas famílias, como a de Henri da Silva de Bona, de 3 anos, o retorno não foi fácil. Mesmo sendo um aluno da instituição, Henri demonstrou resistência no primeiro dia. “Foi um caos”, brinca sua mãe, Maria Eduarda, mas felizmente, após o apoio das professoras, que mandaram fotos para tranquilizar a família, a adaptação foi mais tranquila no segundo dia. “Ele já estava pedindo para ir à escola”, conta Maria.
A psicóloga explica que cada criança reage de maneira diferente, e que esse momento de adaptação envolve muito respeito e amor. “Os pais também estão conhecendo a escola e a versão escolar do filho. O acolhimento é essencial para garantir que todos se sintam seguros”, afirma.
Além disso, a volta às aulas também traz mudanças, como novos professores, salas e colegas, criando novas oportunidades para o desenvolvimento de habilidades sociais, como empatia e cooperação. Jucinara Teixeira Formanski, diretora do Colégio Unibave, destaca que esse é um ótimo momento para fortalecer os vínculos e promover um ambiente inclusivo e educativo.
Uma das grandes mudanças neste ano é a proibição do uso de celulares, de acordo com a Lei 15.100/25, incentivando os alunos a interagirem mais entre si e aproveitarem melhor os momentos na escola. “Estamos orientando os alunos a interagir mais sem os celulares, fortalecendo os vínculos sociais”, destaca Juci.
A diretora reforça que empatia, escuta ativa e respeito são fundamentais para uma boa relação entre escola e família, e acredita que, com esses pilares, será possível garantir um maravilhoso ano letivo.
