Foram oito palestras e uma feira de produtos e serviços com 13 expositores
O 18º Congresso Acaert (Associação Catarinense de Emissoras de Rádio e Televisão), que começou no domingo (22), no Centrosul, em Florianópolis, encerrou nesta terça-feira (24) abordando um tema primordial para o futuro do rádio; a inovação. Foram oito palestras e uma feira de produtos e serviços com 13 expositores demonstrando equipamentos modernos, aplicativos inteligentes e soluções em softwares para rádio e TV. O governador Carlos Moisés participou na noite de domingo do 18º Congresso Catarinense de Rádio e Televisão. Durante o evento, Carlos Moisés aprovou a Semana Estadual da Televisão. A cerimônia de abertura teve a palestra do vice-presidente da República, general Hamilton Mourão.
Com o tema “Conjuntura brasileira”, Mourão expôs um panorama sobre a situação atual do Brasil e do mundo, abordando aspectos econômicos, políticos e climáticos. É a segunda vez que a ACAERT traz o vice-presidente a Santa Catarina. Em agosto de 2019, o general esteve em Florianópolis, onde abriu a série de palestras com autoridades nacionais do projeto “Momento Brasil”.
A entidade também outorgou a Comenda ACAERT, a maior honraria da radiodifusão, a duas personalidades do setor: Ranieri Moacir Bertoli (ex-presidente ACAERT) e Rogério Pereira, o Pirata (in memoriam).
Na noite de segunda-feira (23) foram premiados os vencedores do Prêmio ACAERT – Microfone de Ouro. A maior premiação da radiodifusão do Sul do Brasil destacou 27 categorias, entre profissionais de rádio, de televisão, publicidade e acadêmicos de comunicação.
As novas maneiras de se fazer Rádio foram debatidas nesta terça-feira (24). O tema foi discutido em painel apresentado pelo vice-presidente de inovação e competitividade da ACAERT, Roberto Dimas do Amaral, o publicitário Robson Ferri e a administradora Carolina Sasse. Roberto Amaral ressalta a necessidade de expandir a presença do rádio.
“Este é o caminho. Tanto o “ar”, os locutores falando na transmissão linear, quanto o “on”, o digital, e a experiência na rua. O rádio não é só AM ou FM, é tudo, em especial nas cidades menores, onde ele dá a agenda da cidade, os eventos, traz as autoridades, resolve os problemas. Rádio é site, app, redes sociais. Faz parte da vida das pessoas como um todo. É preciso se adaptar, trazer as plataformas para trabalhar junto”, analisa o vice-presidente de inovação e competitividade da ACAERT.
O processo de inovação exige abertura de ideias para entender as novas tecnologias e também a ousadia de testar possibilidades para verificar aquilo que funciona. Sócia e Diretora de Marketing e Vendas da Cadena, empresa que produz programas virtuais para emissoras de rádio, Carolina Sasse estimula esta reflexão.
“São muitas possibilidades e precisamos estar abertos a olhar todas estas ferramentas, enxergando-as como formas de impulsionar o negócio e não como concorrentes. Como transformar todas estas plataformas na realidade de uma pequena ou média emissora? É preciso sair da paralisia. Há tanto a fazer que acaba-se fazendo nada por não saber onde começar. Não há cartilha pronta, algo que resolva todos os problemas. É preciso pensar nas alternativas”, pontua Sasse.
Outro ponto fundamental para a mudança de paradigmas é um ambiente favorável à inovação. No caso das empresas, é preciso que as diretorias tenham uma visão positiva sobre as novidades e busquem os profissionais aptos a conduzi-las, como analisa o publicitário Robson Ferri, diretor da RF Mídia.
“Não adianta comprar tecnologia, ter logins e senhas de sistemas que podem facilitar, se não tiver pessoas que possam tocar isso. O ambiente rádio precisa fugir daquela previsibilidade de equipe e estratégia e cruzar a linha fazendo algo mais inclusivo. Passa por trazer pessoas novas, que não necessariamente façam rádio, mas que conseguem usar as novas ferramentas para potencializar o rádio”, defende Robson Ferri.
