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ColunistasMariana Machado - Curiosidades5 livros de ficção científica que previram o futuro

5 livros de ficção científica que previram o futuro

De questões filosóficas e éticas a itens do cotidiano, alguns autores poderiam ser considerados proféticos pela precisão das ideias

A literatura conta com uma infinidade de livros que anteciparam conceitos, criações e discussões que seriam desenvolvidos postumamente. Há quem diga que a arte imita a vida, mas o contrário também pode ser verdade se observarmos com atenção as obras literárias. Alguns autores – como Mary Shelley, Júlio Verne e Aldous Huxley – comprovam que histórias ficcionais são capazes de se transformar em inspiração para a realidade.

A ficção científica é um gênero da literatura que explora conceitos imaginativos e futurísticos, geralmente relacionados às ciências e tecnologias, além de explorar o comportamento humano diante das diversas possibilidades cotidianas causadas por estes elementos. Confira abaixo 5 livros de ficção científica que, de certa maneira, previram o futuro:

  1. Frankenstein, de Mary Shelley

Publicado em 1818, o aclamado Frankenstein foi escrito pela jovem Mary Shelley, que tinha apenas 18 anos então. Nessa época, no início do século XIX, a ciência dava os primeiros passos no universo de reanimação de tecidos mortos com o auxílio da eletricidade. Esse método foi o início de uma longa jornada até descobertas mais recentes no campo da medicina, como o transplante de órgãos, também citado na obra, e que foi concretizado no mundo real apenas em meados do século XX. O romance ainda foi responsável por levantar questões éticas sobre os limites da ciência e da humanidade, tão presentes na atualidade com discussões sobre manipulação genética, utilização de animais em experimentos e clonagem.

  1. Admirável mundo novo, de Aldous Huxley

Outro autor que “previu” um cenário futurístico foi Aldous Huxley em seu romance ‘Admirável mundo novo’, publicado em 1932. Uma sociedade dividida por castas, pessoas dependentes de uma espécie de droga para se manterem felizes e sociáveis e relações marcadas pela superficialidade. Esse é o mundo novo apresentado pelo autor. No enredo, a população é perceptivelmente dividida – inclusive por cores de identificação, como o cinza para os grupos que ocupam cargos de gestão e preto para os grupos de liderados que trabalham com serviços manuais –, desde a incubação (no romance distópico, os indivíduos não nascem de uma mãe e sim de uma incubadora).

O livro é uma distopia, ou seja, uma espécie de utopia negativa em que a população vive oprimida (Imagem: Amazon/Divulgação)

 

  1. 20 Mil Léguas Submarinas, de Júlio Verne

Verne é reconhecidamente um dos autores mais visionários do século XIX. 20 Mil Léguas Submarinas, publicado em 1870, é uma das obras mais famosas do autor. Nela, Verne aborda sobre o Nautilus, um veículo submersível que viaja pelo mundo. O curioso é que os submarinos convencionais só se tornariam realidade quase um século após a publicação da obra. 

Tanto 20 Mil Léguas Submarinas quanto outros livros do autor se destacam por inventos científicos que inspiraram a criação na vida real, da TV ao foguete (Imagem: Amazon/Divulgação)

 

  1. O Guia do Mochileiro das Galáxias, de Douglas Adams

Com uma narrativa leve e humorística, o clássico de Douglas Adams apresenta um mochileiro intergaláctico que contata seres de outros planetas utilizando uma tecnologia avançada de tradução de áudios em tempo real. Considerando que o livro foi publicado em 1979, cerca de 30 anos antes dos aplicativos de tradução existirem, pode-se dizer que Adams também foi um visionário.

O Guia do Mochileiro das Galáxias inicialmente era um programa de rádio, que posteriormente foi transformado em livro (Imagem: Amazon/Divulgação)

 

  1. Fahrenheit 451, de Ray Bradbury

No mundo distópico (ou nem tanto?) de Ray Bradbury, as pessoas não se interessam mais pela leitura e, pior ainda, os livros são totalmente proibidos. A história acompanha o bombeiro Guy Montag, que tem a função de queimar livros em vez de apagar incêndios. Na obra, o protagonista se vê questionando a própria sociedade, que vive conectada a televisões e espécies de “rádios portáteis”, sendo bombardeada por propagandas a todo instante. Qualquer semelhança com a realidade não é mera coincidência.

Assim como em Admirável Mundo Novo, a obra apresenta um cenário distópico (Imagem: Amazon/Divulgação)

 

Mariana Machado (Jornalismo)

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