O promotor de Justiça, Jadson Javel Teixeira, da 4ª Promotoria da Comarca de Criciúma, instaurou procedimento preparatório “com a finalidade de promover as diligências que se fizerem necessárias, no sentido de verificar os fatos, motivos e fundamentos que levaram a esta instauração, inclusive a fim de apurar responsabilidades, por ação ou omissão, das instituições de segurança pública”, no assalto à tesouraria regional do Banco do Brasil, em Criciúma, crime que sitiou a cidade na última semana.
A Promotoria atua nas esferas do Controle Externo da Atividade Policial e na Tutela Difusa da Segurança Pública e faz uma série de indagações e considerandos (confira abaixo).
O órgão do Ministério Público (MP) expediu ofício à Delegacia Regional de Polícia Civil e ao 9º Batalhão de Polícia Militar, para que, no prazo de 15 dias esclarecimentos sejam apresentados, assim como à Secretaria de Estado da Segurança Pública de Santa Catarina.
Não confronto
Em entrevista coletiva à imprensa na tarde de ontem, na sede do 9º Batalhão de Polícia Militar de Criciúma, toda cúpula de segurança pública, e demais autoridades, dentre elas o prefeito Clésio Salvaro e o governador Carlos Moisés, foram unânimes, e enfáticos, em dizer que não houve confronto para preservar vidas, haja vista um policial já de início ferido, a tomada de reféns, a área sitiada, dentre outras gravidades, aliados a capacidade de fogo do bando, poder bélico e uso de explosivos pela quadrilha, composta por, ao menos, 30 assaltantes.
Até o momento, 14 suspeitos foram detidos, nos estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e São Paulo, inclusive faccionados ao Primeiro Comando da Capital (PCC), e pouco mais de R$ 1 milhão, de cerca de R$ 80 milhões roubados, foi recuperado.
A investigação, encabeçada pelo delegado Anselmo Cruz, da Divisão de Roubos e Antissequestros (Dras) da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic) catarinense, integrada com diversos órgãos, inclusive da esfera federal, e com o próprio MP, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), segue em sigilo e outros detalhes não foram repassados para não atrapalhar os trabalhos.