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ColunistasCrônica | Nicolau Copérnico| Luiz Llantada

Crônica | Nicolau Copérnico| Luiz Llantada

Nicolau Copérnico

O homem primitivo não pensava racionalmente, mas como um animal, por instinto. Quando seu cérebro começou a se desenvolver ele evoluiu ao estágio de uma criança, usando apenas a imaginação. Através dela passou a observar tudo o que lhe cercava. A natureza lhe despertava curiosidade, espanto e medo. Sem conhecimento científico, procurava explicações para tudo na fantasia, feitiçaria e deuses imaginários. Para ele deus poderia ser um animal, um astro, uma pedra ou um objeto qualquer.

Para as primeiras civilizações a concepção cósmica era a Terra no centro do Universo. Para eles o Sol, a Lua, e os planetas giravam em volta dela. Consideramos como antigos pensadores os gregos; Platão, Aristóteles e outros. Estes idearam o Universo com as estrelas fixas no Céu, que teria a forma de uma abóbada. Abaixo, no centro, estava a Terra, um disco plano, arrodeada pelo Sol, Lua e demais planetas. Tudo girava em torno dela. Por fora, bem em cima, puseram o “motor móvel”, que comandava tudo, que viria a ser o Deus cristão. Teoria “Geocêntrica”. Isso servia à Igreja, pois se o homem era filho de Deus, a Terra deveria ser o centro do Universo.

Mas a Ciência não se satisfaz com ideias preconcebidas. O astrônomo e matemático polonês, que também era cônego da Igreja Católica, Nicolau Copérnico (1473/1543), depois de muitos estudos, cálculos e observações, concluiu que era a Terra e os demais planetas que giravam em torno do Sol. Nascia a teoria “Heliocêntrica”. Como seus instrumentos e métodos eram rudimentares ele não conseguiu provar matematicamente a sua tese. Sorte sua, pois assim escapou de ser condenado pela Igreja Católica a morrer numa fogueira em praça pública. Mas estava lançada a semente.

Após adveio Galileu Galilei (1564/1642), físico, matemático, astrônomo e filósofo italiano. Ele desenvolveu vários instrumentos e teorias científicas. Devido a isso Galileu é considerado o “pai da ciência moderna”. Inteligente e ambicioso, procurou apoio e recursos junto aos mecenas, nobres ricos e poderosos que financiavam artistas, cientistas e intelectuais.

Ora, os holandeses eram adiantados na fabricação de lentes para óculos. Galileu adquiriu-lhes uma luneta, aperfeiçoou-a e inventou o Telescópio, em 1609. Apontou-o para a Lua e viu montanhas escarpadas e arestas irregulares, em vez da superfície lisa descrita na cosmologia aristotélica. Também a direcionou para Júpiter, quando descobriu, atônito, que este planeta tinha satélites que o circundavam. Então não era só a Terra que tinha o privilégio de ter um satélite; a Lua?

Assim, confirmou a Teoria Heliocêntrica de Copérnico, desagradando a Igreja, o que o levou a ser julgado pelo Tribunal do Santo Ofício, que o condenou, por sorte, à prisão domiciliar pelo resto de sua vida. Outros astrônomos e equipamentos mais sofisticados vieram e confirmaram: A Terra não é o centro do Universo, nem do Sistema Solar. Nesta semana, no dia 24 de maio, celebrou-se o falecimento de Nicolau Copérnico, ocorrido em 1543. Alguém se lembrou? Esta é a singela homenagem que humildemente lhe presto, extensiva a todos os cientistas do Universo.

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