O avanço da Inteligência Artificial (IA) e seu efeito direto sobre o desempenho das empresas foram o tema central do Radar Summit 2025, realizado nesta quinta-feira (13) na FIESC. Especialistas alertaram que, até 2030, tecnologias habilitadas por IA—incluindo biotecnologia, nanotecnologia e robótica—poderão gerar um impacto econômico três vezes superior ao provocado pela internet nas últimas décadas.
Ramon Martins da Silva, head de inteligência artificial da TOTVS, destacou a magnitude da mudança, citando projeções da ARK Investment. Ramon afirmou que “o impacto econômico da inteligência artificial até 2030 será três vezes maior que o da internet em seus primeiros 15 anos de expansão”.
Para ele, a IA inaugura uma nova lógica para o mundo dos negócios: “Estamos diante da primeira tecnologia criada pelo ser humano capaz de liberar o nosso recurso mais escasso: o tempo”. A automação inteligente, frisou, deve tornar abundantes processos antes limitados pela capacidade humana.
Liderança, cultura e o desafio da reputação
O presidente da FIESC, Gilberto Seleme, destacou a necessidade de ambientes que inspirem e provoquem. “Em um momento de tantas mudanças, incertezas e pressões externas, precisamos mais do que nunca de ambientes como este, que inspiram, provocam e conectam”, disse Seleme.
O painel de Liderança Global reuniu nomes como Chad Holliday (ex-CEO do Bank of America) e Eduardo Vetter (Eletroaço Altona). Holliday ressaltou que resiliência e comunicação direta são habilidades essenciais. Vetter compartilhou a experiência da Altona, que hoje atende 27 segmentos no mundo após uma estratégia de diversificação iniciada em 2015.
Já o painel Cultura – Fator Crítico para o Sucesso teve executivos como Rosemeri Francener (Duas Rodas) e Luciano Abrantes (Portobello), que enfatizaram que a cultura organizacional é um dos principais ativos das empresas, integrando inovação e excelência operacional. A discussão sobre Reputação destacou a comunicação como elemento de sobrevivência diante da IA generativa e da proliferação de conteúdos.
Encerrando a programação, o economista Paulo Gala reforçou a importância da indústria e destacou Santa Catarina como um dos estados mais avançados do país em diversificação e sofisticação produtiva, atributos cruciais para a economia global.












