Ativos com ação desinfetante e antisséptica são testados contra novo coronavírus

Pesquisadores do país e do mundo estão em busca de soluções para combater o novo coronavírus. Aqui em Santa Catarina, a empresa NanoScoping testará nos próximos dias três produtos desenvolvidos a partir da nanotecnologia: dois desinfetantes para limpeza de ambientes e um antisséptico para as mãos. Um dos produtos foi elaborado em parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) durante uma pesquisa de doutorado.
Até agora, já foram confirmados resultados positivos contra diversos agentes patogênicos.

Nosso esforço agora é para realizar o teste contra o coronavírus”, destaca uma das fundadoras da empresa, Beatriz Veleirinho. Segundo ela, uma das grandes vantagens desses desinfetantes em comparação aos outros é a ação prolongada nas superfícies, que pode chegar a 72 horas de proteção, ampliando a prevenção.

As amostras já foram encaminhadas para as análises e os resultados podem ser divulgados nos próximos dias. Se a ação for confirmada, Beatriz antecipou a disponibilidade de doar os produtos para unidades de saúde e hospitais para higienização dos ambientes.

O presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação de Santa Catarina (Fapesc), vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico Sustentável (SDE), Fábio Zabot Holthausen, reforça que esses exemplos têm mostrado a aplicação da ciência e do conhecimento para a solução de problemas locais. “As sócias na época, a Beatriz e a Letícia (Mazzarino), constituíram um projeto, submeteram no processo de seleção do Sinapse da Inovação e acabaram contempladas para trabalhar com nanotecnologia. Temos aqui uma história de sucesso e de inovação, que está nos ajudando a combater a pandemia do coronavírus”, explica.

O secretário do Desenvolvimento Econômico Sustentável, Lucas Esmeraldino, destaca ainda que o Sinapse da Inovação é um dos mais relevantes programas de incentivo a ideias inovadoras em Santa Catarina. “Continuamente, o Governo de Santa Catarina, por meio da SDE, apoia o potencial de pesquisa catarinense e já colhe bons frutos, como essas alternativas seguras que surgem para contribuir no combate à pandemia do novo coronavírus”, salienta.