Casal de Araranguá diz “sim” em meio à pandemia do coronavírus

Histórias não faltam no meio da pandemia que dispensa aglomerações, impede o toque entre as pessoas e afasta um simples aperto de mãos. Devido a pandemia, muitos casais apaixonados se viram obrigados a adiar a data do, tão esperado, enlace matrimonial. Mas nem mesmo o novo coronavírus conseguiu adiar por muito tempo o sonho do casal de Araranguá, Robson Pereira da Silva (29 anos) e Maria Eduarda Nunes Garcia (28), que também viveu tempos de incertezas quanto ao casório. Ela conta que se conheceram há pouco mais de oito meses, na igreja. Através do Instagram e Facebook começaram a conversar e pouco tempo depois estavam namorando.

Do dia 29 de fevereiro, em um culto para casais da igreja que frequentam (Ministério Teu Reino), Robson organizou uma surpresa e fez o pedido de casamento, em público. Em 02 de março, o casal compareceu no cartório para dar entrada nos papéis. A cerimônia foi marcada para o dia 02 de abril e contaria com a presença dos pais do casal, pastores e dois casais de padrinhos.

“Estávamos super felizes, tranquilos, já havíamos convidado dois casais de padrinhos, combinado tudo com os nossos pais, avisado todo mundo”, conta a noiva. Depois do dia 18 de março, com o início da quarentena, todos os serviços foram cancelados no Estado.

Nosso casamento foi suspenso, sem definição de data. Ligamos várias vezes ao cartório, que nos informou que assim que houvesse uma posição, nos dariam um retorno”.

Então, o casal, crendo que o casamento somente se daria a partir do mês de junho, foi surpreendido por um telefonema do cartório, comunicando a marcação da data para o dia 13 de abril, porém com algumas restrições.

Cerimônia com restrições

Do cartório, lhes veio a informação de que, durante a cerimônia, o casal deveria estar usando máscaras. Poderia estar presente apenas um casal de testemunhas, ficando de fora os pais, os pastores e um dos casais de padrinhos. “Foi somente o Andrei e a Carine, um dos casais que já havíamos convidado”. Ela conta que o casamento foi bastante simples: “Não podíamos dar as mãos, nosso casal de testemunhas ficou na porta… não houve o “pode beijar a noiva”. Durou pouco mais de dez minutos”. Nas imagens do casamento, pode-se, inclusive, verificar linha amarela e preta, no chão, delimitando a aproximação entre os noivos e a Juíza de Paz. O casal comenta que percebeu um certo desconforto da celebrante, que buscava estar contida em todo o tempo, sem poder estender a cerimônia ou cumprimentar os noivos. A noiva, que acrescentou o “da Silva” em seu nome, conta que ainda planeja o casamento religioso.

Após a cerimônia o casal foi até a casa de seus pastores, onde receberam uma bênção especial.