A Polícia Civil de Santa Catarina deflagrou, na manhã desta quarta-feira (10), a Operação Alias. A ação visa desarticular uma quadrilha especializada em crimes cibernéticos e lavagem de dinheiro que causou um prejuízo superior a R$ 88 milhões a uma multinacional brasileira e bancos parceiros.
A investigação, liderada pela Delegacia de Repressão a Crimes de Informática (DRCI/DEIC) de Santa Catarina, cumpriu 20 mandados de busca e apreensão em quatro unidades da federação: São Paulo, Pará, Maranhão e Distrito Federal.
Como funcionava o golpe
O esquema era complexo e utilizava tecnologia avançada. Os criminosos fraudavam o cadastro de fornecedores da multinacional em uma plataforma digital. Passando-se por empresas legítimas, eles solicitavam a antecipação de pagamentos (recebíveis) aos bancos. Ou seja, pegavam o dinheiro adiantado por serviços ou produtos que nunca existiram ou que não eram deles.
Para esconder a origem do dinheiro roubado, o grupo usava “laranjas” e empresas de fachada. A ousadia era tanta que a polícia identificou um depósito de R$ 1,5 milhão em dinheiro vivo feito em um único dia por um dos investigados.
Alvos e apreensões
Entre os investigados estão especialistas em tecnologia e cibersegurança. Um dos alvos é um estelionatário conhecido do Distrito Federal, que já esteve envolvido na “Máfia dos Concursos”, fraude que abalou o Cebraspe em 2017.
A Justiça determinou o bloqueio de R$ 88 milhões nas contas dos suspeitos e das empresas envolvidas para tentar recuperar o valor desviado. Também foram sequestrados imóveis e apreendidos carros de luxo.












