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Hackathon RenovaPlast apresenta soluções com foco em inovação e sustentabilidade para o setor plástico

Evento reuniu startups, estudantes, empresários e especialistas em tecnologia para desenvolver  estratégias práticas para a indústria de descartáveis.

No sábado (26/4), o setor plástico do extremo Sul catarinense viveu um dia  dedicado à inovação, sustentabilidade e tecnologia com a realização do Hackathon  RenovaPlast, promovido pelo Ecossistema Local de Inovação (ELI), com execução do  Centro de Inovação Criciúma (CRIO), Unesc, patrocinado pelo SINPLASC. O  hackathon, considerado um sucesso pelos organizadores, reuniu empresários, startups,  pesquisadores, lideranças políticas e especialistas para o desenvolvimento de soluções  voltadas à transformação digital e à gestão sustentável de resíduos plásticos.

O evento realizado no CRIO, também faz parte do TECHNE CRIO, apoiado pela  FAPESC, no calendário de comemorações de 1 ano do Centro de Inovação de Criciúma.  No decorrer do dia desafios reais foram apresentados pelo segmento e solucionados  por times multidisciplinares em uma maratona de inovação com etapas de diagnóstico,  ideação, prototipagem e validação. Os participantes também acompanharam palestras,  cases de sucesso e um Pitch Day exclusivo, conectando startups a líderes industriais.

O ponto alto do evento foi a apresentação das soluções para uma banca  avaliadora, com premiação de R$ 5 mil, R$ 3 mil e R$ 2 mil para os três primeiros  colocados.

A banca avaliadora composta por Frank Hobold, Diretor executivo da Plasson e  presidente da Associação Empresarial de Criciúma, Reginaldo Cechinel, presidente do  SINPLASC, Marlon Furukawa de Araujo da Diretor de Desenvolvimento Econômico e  Empreendedorismo de Criciúma, e Tiago Bender Wermuth pesquisador do Programa  de Pós-Graduação em Ciência e Engenharia dos Materiais (PPGCEM) – UNESC nas  áreas de nanotecnologia e materiais cimentícios.

Além dos valores em dinheiro, os vencedores foram contemplados com acesso ao  programa de pré-incubação da TXM Methodos/Sebrae.

Vencedores:

1º lugar: Equipe Fibramax

2º lugar: Equipe “O Circular”

3º lugar: Equipe Reciclacerto

A equipe Fibramax, vencedora, desenvolveu uma ideia inovadora para o  reaproveitamento de plástico, criando um novo tipo de polímero. De acordo com os  criadores: “esse material é resultado da combinação da fibra residual da produção de  arroz com resíduos plásticos que não conseguimos reciclar”. Emocionados declararam:  é surreal o que estamos vivendo, foi incrível ganhar o Hackathon. O acadêmico Roger  Santana integrante da equipe, também foi o vencedor da última edição do Unesc  Challenge. “Ainda estou anestesiado, ter ganhado as duas competições foi sensacional,  declarou.

A equipe “O Circular”, que garantiu o segundo lugar, desenvolveu uma solução  inovadora para otimizar a coleta seletiva em condomínios residenciais. Já a equipe

Reciclacerto, terceira colocada, criou uma proposta que integra toda a cadeia produtiva,  incentivando a participação dos cidadãos na reciclagem por meio de benefícios e, ao  mesmo tempo, fortalecendo a indústria. O evento contou ainda com apoio de entidades  como Ifsc, Satc, Acic, Criciúma Conecta Inovação, Sebrae, Sebrae Startups, IEL, Fiesc,  Senai e Sesi.

A Reitora da Unesc, Luciane Bisognin Ceretta, enfatiza que este evento é uma  oportunidade de gerar ideias que façam a diferença para o setor plástico e para o meio  ambiente. “Este evento reforça o compromisso com o desenvolvimento regional.  Estamos conectados com o presente e comprometidos com um futuro mais sustentável,  justo e inovador. A Universidade, como centro de conhecimento e inovação, tem um  papel fundamental em conectar academia, indústria e sociedade, e o Hackathon é um  exemplo claro de como podemos trabalhar juntos para promover soluções  transformadoras”, afirma.

A gerente de Inovação e Empreendedorismo da Unesc, representante da gestão  do CRIO, Elenice Padoin Juliani Engel, ressaltou a importância deste tipo de evento na  região. “O setor plástico está em prioridade por conta da sustentabilidade, e o Hackathon  vem justamente com esse propósito: provocar soluções inovadoras, de impacto real,  que transformem os desafios ambientais em oportunidades de desenvolvimento por  meio de negócios sustentáveis. Aqui, conectamos talentos, empresas e instituições para  criar alternativas viáveis para a indústria e para a sociedade”, declara.

O Sul catarinense abriga o maior polo nacional de produção de descartáveis  plásticos e o segundo maior segmento da indústria de transformação na região. O  diretor-executivo do Sinplasc (Sindicato das Indústrias Plásticas do Sul Catarinense),  Elias Caetano afirma que a reciclagem é o principal caminho para enfrentar os impactos  ambientais causados pelo descarte incorreto. “É muito importante que o setor plástico  esteja cada vez mais voltado para a discussão da sustentabilidade. Recentemente,  realizamos uma pesquisa em parceria com o Observatório de Desenvolvimento  Socioeconômico e de Inovação da Unesc, e os resultados mostraram a prioridade que  o setor tem em evoluir e melhorar os índices de reciclagem de plástico na nossa região.  Esse diagnóstico foi essencial para entendermos onde precisamos avançar e como  podemos, juntos, promover mudanças significativas na gestão de resíduos, criando  soluções mais eficientes e sustentáveis para a indústria e para o meio ambiente”, relata.

O presidente da frente parlamentar em Defesa da Cadeia Produtiva da  Reciclagem na Alesc, deputado Volnei Weber, participou do evento e afirmou que  movimentos como o Hackathon RenovaPlast são fundamentais para conectar inovação,  sustentabilidade e desenvolvimento econômico. “A reciclagem é uma pauta estratégica  para Santa Catarina e precisamos de iniciativas que aproximem o setor produtivo, o  poder público, a universidade e a sociedade civil. Neste evento, vemos ideias se  transformando em soluções reais, com potencial de impacto imediato na gestão de  resíduos e no fortalecimento da cadeia da reciclagem. Aqui estão lideranças, técnicos,  acadêmicos debatendo saídas, soluções e ideias para que a gente saia da zona de conforto e dê a resposta para o mundo, de que o plástico é solução e tem jeito, e um  dos jeitos é a coleta seletiva. É esse tipo de movimento que precisamos incentivar,  apoiar e multiplicar pelo nosso estado”, afirma o deputado.

O consultor do Sebrae e membro da governança do Ecossistema Local de  Inovação (ELI), Celso André de Azevedo, enfatizou o fortalecimento do  empreendedorismo inovador e a criação de soluções sustentáveis. “O Sebrae tem sido  um grande incentivador do ecossistema local de inovação, um movimento que visa criar  um ambiente propício para o empreendedorismo inovador, que é o DNA do Sebrae. Nós

trabalhamos para movimentar esse ecossistema com diversas ações que estimulam a  criatividade e o desenvolvimento de soluções práticas. O RenovaPlast é uma dessas  inovações, uma forma concreta de reunir talentos, ideias e desafios reais, promovendo  a colaboração e gerando impactos positivos para a indústria e para a sociedade.,”  declarou.

Douglas Almeida Dalanholli, Gestor de Projetos da Federação Catarinense dos  Catadores e Catadoras de Materiais Recicláveis veio de Palhoça para o evento, e  destacou a importância da inclusão dos catadores no processo de inovação e  reciclagem. “Os catadores, são peça-chave nesse processo. Eles estão na linha de  frente, fazendo o trabalho essencial de separar e dar o destino correto aos materiais.  Eventos como esse ajudam a dar visibilidade ao trabalho deles e mostram como é  importante integrar todo mundo, desde as indústrias até a comunidade, para que a  reciclagem realmente aconteça de forma eficaz”, reforça.

A professora Roseli Genoveva Neto, doutora em inovação e fundadora de uma  startup incubada na Unesc focada em agregar valor aos resíduos industriais, aprovou a  diversidade de gerações. “Como estudiosa e praticante da inovação, eu fiquei muito  tentada a vir — e não resisti! Ver um evento como o RenovaPlast acontecendo é  extremamente motivador. Daqui, com certeza, vão surgir soluções importantes. Essa  mistura de idades, experiências e formações é o que realmente potencializa a inovação.  É nessa mistura que nascem as ideias mais transformadoras”, afirma.

Oportunidade de aplicar conhecimentos em soluções para o futuro

Entusiasmado com a oportunidade de participar de um evento que une inovação  e sustentabilidade, Lucas Felipe Bauer, aluno do curso de Publicidade e Propaganda da  Unesc, destacou a importância de aplicar os conhecimentos acadêmicos em desafios  reais, colaborando para a construção de soluções que possam impactar positivamente  a sociedade e o setor plástico. “Estou muito feliz de poder participar desse evento  incrível. Como estudante da Unesc, essa é uma oportunidade única de aplicar o que  estamos aprendendo em um ambiente tão inovador e focado em soluções sustentáveis.  É muito legal ver como ideias inovadoras podem trazer benefícios para o futuro do nosso  planeta, saio daqui feliz e realizado com tudo que vivi intensamente neste dia”, declara.

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