Dedicados ao compromisso do Judiciário catarinense na manutenção da prestação jurisdicional, magistrados e servidores de todo o Estado seguem a cumprir expediente remotamente, em regime de home office. No sul catarinense, compromisso e eficiência são os destaques dos magistrados quanto ao trabalho remoto promovido por eles e suas equipes.
Para o juiz Mauricio Fabiano Mortari, titular do Juizado Especial Criminal e da Violência Doméstica contra a Mulher da comarca de Tubarão, tecnicamente não há diferença do trabalho realizado no fórum. Sua equipe de gabinete e cartório, composta por oito servidores e quatro estagiários, prioriza os processos urgentes e dá vazão às sentenças. “Essa modalidade não implica nenhum prejuízo ao bom andamento dos processos, na medida em que são digitais e não demandam presença física para que sejam impulsionados. Basta que haja disciplina quanto à manutenção de uma rotina diária e tentar, na medida do possível, destacar um ambiente na residência só para isso”, pontua Mortari.
O juiz Lírio Hoffmann Júnior, diretor do foro e titular da 1ª Vara Cível da comarca de Braço do Norte, define o trabalho em home office como extremamente eficaz e, ainda que prefira o trabalho in loco no fórum, reconhece o ganho de produtividade. “Diante deste cenário, todos os servidores, assessores e estagiários estão em suas casas, mas mantemos contato a cada hora por WhatsApp. Todos têm acesso a modelos, e quanto há algum caso heterodoxo discutimos em grupo. Além disso, cada servidor e assessores vincularam seus respectivos ramais telefônicos a celulares, assim evitamos que os advogados não se comuniquem com a equipe do gabinete e cartório”, explica.
O magistrado também destaca estar em contato direto com a presidência da Subseção da OAB, a fim de que demandas urgentes da classe possam ser resolvidas o mais rapidamente possível. “Em suma, trabalhamos no sentido de que a informação seja recepcionada o mais célere possível”, afirma o magistrado. Já em Criciúma, a juíza Débora DriwinRiegerZanini , titular da Vara de Execuções Penais daquela comarca, considera que em sua unidade as atividades em home office são mais produtivas do que se esperava. “Estamos conseguindo dar vazão ao trabalho, graças à equipe competente da Vara de Execuções Penais de Criciúma. Tanto os servidores do cartório quanto do gabinete estão trabalhando de forma muito comprometida e com afinco, para que não ocorram atrasos na prestação jurisdicional”.
O aumento de produtividade, bem como a organização do serviço, impressionou também o chefe de cartório da 2ª Vara Criminal da comarca de Araranguá, Gabriel PizzettiAvila. O contato com a equipe de sua unidade é feito tanto por aplicativos de mensagens pelo celular quanto pelo Pandion e, segundo ele, mesmo com a diferença do acompanhamento presencial, não sentiu dificuldades nesse novo tipo de contato a distância. “As rotinas diárias realizadas por mim só melhoraram porque, como neste momento o atendimento presencial está suspenso, o tempo que antes era despendido para resolver situações diversas que surgiam durante o expediente agora é utilizado para a realização dos serviços de minha competência, sobrando mais tempo para gerenciar o cartório e inovar no fluxo processual”, explica.
O servidor também ressalta que os sistemas disponibilizados pelo TJSC para o serviço em regime home office são idênticos àqueles disponibilizados para a prestação do serviço presencial, sem limitação de operações que possam ser realizadas fora do ambiente forense, o que contribuiu para o bom desempenho das atividades. Além disso, ele ressalta o empenho de todas as colegas de trabalho que atuam, neste momento, em casa. “Todas se mostraram responsáveis e dedicadas em busca da continuidade da prestação do ótimo serviço que sempre realizaram”, destaca.