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GeralMinistério Público apura responsabilidade de empresa após tragédia com balão em SC

Ministério Público apura responsabilidade de empresa após tragédia com balão em SC

Inquérito civil do MPSC investiga causas do acidente, cumprimento das normas legais e segurança da operação que resultou em oito mortes em Praia Grande.

O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) instaurou um inquérito civil para apurar as causas e circunstâncias do trágico acidente com um balão de ar quente, ocorrido no sábado (21), em Praia Grande. O caso resultou na morte de oito pessoas e deixou outras cinco feridas.

Segundo o MPSC, o objetivo do procedimento é investigar a segurança da operação, o cumprimento das normas legais pela empresa responsável e, se necessário, adotar providências cíveis e de proteção aos direitos do consumidor. A investigação está sendo conduzida pela Promotoria de Justiça da Comarca de Santa Rosa do Sul, para onde o processo foi distribuído nesta segunda-feira (23).

Paralelamente, foi solicitado o compartilhamento de provas produzidas no inquérito policial pela Polícia Civil de Praia Grande, que também apura o caso. A promotoria determinou prazo de dez dias úteis para que a empresa responsável pelo passeio envie informações e documentos, como:

  • Certificação do balão

  • Licença de Piloto de Balão Livre (PBL)

  • Registro no RAB (Registro Aeronáutico Brasileiro)

  • Seguro da aeronave

  • Cadastro como aerodesportista

  • Alvará de funcionamento e laudos técnicos

O promotor Diógenes Viana Alves, que instaurou o inquérito em regime de plantão, também requisitou ao prefeito de Praia Grande, Elisandro Machado (Fanica), que envie em até cinco dias úteis a relação de empresas cadastradas ou autorizadas a operar passeios de balão na cidade.

A promotoria destaca que o balonismo é uma atividade de alto risco e deve seguir as diretrizes da ANAC e da Lei Geral do Turismo, além de estar sujeita às obrigações do Código de Defesa do Consumidor. O artigo 14 do CDC estabelece que o fornecedor responde pela reparação de danos independentemente da existência de culpa, inclusive por falhas na prestação de informações e riscos da atividade.

O MPSC também coletou imagens e vídeos da tragédia e juntou o material aos autos do processo. O caso segue em apuração.

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