População de São Camilo e São José pede acesso à ponte em Sombrio

Fernanda da Silva de Guimarães mora na comunidade de São Camilo e é diarista na cidade de Sombrio. Todos os dias ela pega sua bicicleta e vai até a cidade, pela via marginal da BR-101. Ela conta à nossa reportagem que a expectativa gerada na época em que deu início à obra da construção da ponte entre a comunidade e o bairro São José era grande, mas que foi frustrada. “Há uns meses, teve uma reunião aqui na comunidade, com o prefeito e ele nos tirou todas as esperanças e disse que a ponte vai ficar do jeito que está”, desabafa. O lamento se dá porque com a ponte concluída, o percurso entre casa e trabalho seria abreviado “sem falar na segurança, porque não seria tão perigoso, por causa dos carros, porque para ir por onde vou, tenho que pedalar no asfalto”.
A senhora Márcia Aparecida Ramos também mora na São Camilo. “O pessoal que nos traz compras, sempre fala que seria ótimo uma ponte que ligasse a gente com o outro lado (São José). Pra nós, facilitaria para as crianças estudarem na São José. Nosso Posto de Saúde já é o da São José. Então tenho que ir num dia, para pegar ficha, para no outro dia, ir na consulta. O ônibus passa por aquele viaduto ali do cemitério, olha o tamanho da volta”, desabafa.
No bairro São José, Deldi Euzébio tem comércio desde o ano 2000. Ele aguarda a conclusão da obra da ponte, porque melhoraria o fluxo de clientes em seu estabelecimento, que fica na Rua Alfredo Teixeira da Rosa, que termina na ponte.
O morador Diógenes Bitencourt mora no bairro São José há 28 anos. Até agora, segundo ele, a ponte só trouxe problemas e “seria ótimo a conclusão ali, porque virou lugar de uso de droga e rota de fuga pro morro”, avalia.
Valéria de Oliveira Cardoso, também residente no São José trabalha com transporte de alunos e acredita que tanto para os moradores quanto para seu trabalho “faria toda a diferença, pois evitaria a degradação do veículo e daria mais agilidade, além do que é o nosso dinheiro que tá ali, se estragando. Em tempo, seria muita economia”, diz.
João Batista Medeiros, também do São José, acredita que o acesso traria desenvolvimento e investimento aos dois bairros. “Seria agregar valor às duas comunidades. Valeria à pena investir nesses locais. Gostem ou não, a ponte está pronta, deveria ser finalizado o acesso”, constata.
A construção teve início durante a gestão do ex-prefeito José Antônio Tiscoski, o Jusa, e foi um pedido da comunidade. Ele nos relata que, em audiência pública realizada em 19/05 de 2009, a comunidade de São Camilo estabeleceu como prioridade, a ampliação do Centro de Educação Infantil, a construção do sistema de tratamento de esgoto e a construção da ponte ligando o Bairro São José ao Bairro São Camilo.
“Com certeza seria bom concluir. É uma coisa que ficou para traz e tem que ser retomada. Ali virou um lugar de consumo de drogas. Muita gente precisa passar por ali”, conta Adriana Teixeira da Silva, que tem comércio no local, junto com seu esposo.
“É uma obre super importante. Ligava os dois bairros, aproximando o São Camilo da creche e posto de saúde do São José, Teríamos uma ampliação do bairro São José, porque todo o lado Sul (após o rio) do bairro é loteável. Os proprietários tem, inclusive, interesse no loteamento mas para esse investimento, é necessário o acesso.
Ouvindo os moradores dos dois bairros, o vereador Cacai Amorim obteve como pedido a conclusão da obra. “Tem R$400 mil enterrados ali, se perdendo no tempo. Já passou da hora desse acesso ser finalizado”, fala o vereador, protocolou pedido para que o poder público tome as devidas providências. O pedido foi votado pela Câmara e aprovado por unanimidade pelos vereadores.
Em contato com representantes do Município, nos disseram que “este não é o momento para se discutir esse assunto”.