A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por unanimidade, manter a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro. Os quatro ministros que compõem o colegiado acompanharam o relator, ministro Alexandre de Moraes, durante sessão virtual extraordinária realizada na manhã desta segunda-feira (24).
Bolsonaro está detido desde sábado (22) em uma sala da Polícia Federal (PF) em Brasília, após decisão de Moraes que considerou haver risco à ordem pública. O ex-presidente foi preso por tentar violar sua tornozeleira eletrônica usando um ferro de solda — ato que confessou em audiência de custódia, atribuindo o comportamento a um quadro de “paranoia” provocado pelo uso de medicamentos.
A ministra Cármen Lúcia foi a última a votar e confirmou integralmente o entendimento do relator, sem apresentar voto escrito. Com isso, o colegiado consolidou a manutenção da prisão preventiva.
Em sua decisão inicial, Moraes citou também a convocação de uma vigília feita pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), marcada para ocorrer em frente ao condomínio onde o ex-presidente cumpria prisão domiciliar, no Jardim Botânico, em Brasília. Para o ministro, a mobilização representava potencial risco à ordem pública e poderia interferir no cumprimento das medidas judiciais impostas.
Com o veredito unânime, Bolsonaro permanece sob custódia da Polícia Federal enquanto seguem as investigações.












