Como atividade essencial, o segmento supermercadista continua a funcionar dentro de uma situação de normalidade (a melhor possível) em todo o território nacional. A partir desta semana, em função das medidas emergenciais de combate aos efeitos do coronavirus, intensificou a movimentação de consumidores nas lojas em busca de produtos num padrão totalmente acima para o dia-a-dia das empresas, porém, as garantias dadas até aqui pelas entidades de que não existem problemas de desabastecimento.
Em função disso a Associação Catarinense de Supermercados (Acats) e o Procon/SC publicaram nota técnica autorizando as empresas de todo o estado a promoverem controles de acesso de consumidores nas lojas e também a limitação de venda de produtos com demanda intensa e acima do normal, caso considerem estas necessidades.
A Rede Giassi Supermercados informa que seu comitê interno está acompanhando detalhadamente a evolução do coronavírus (Covid-19) no país e trabalhando em iniciativas para enfrentamento da situação e proteção dos colaboradores, clientes e fornecedores. “Estamos seguindo todas as orientações da Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina, Associação Catarinense de Supermercados (Acats) e demais órgãos competentes.
Cuidados com higienização de ambientes e materiais de uso comum, como carrinhos e cestinhas – práticas já adotadas diariamente pelo Giassi – foram intensificadas, ampliando a prevenção”, diz a Nota. Todas as unidades do Giassi seguem funcionando em horário normal e sendo reabastecidas frequentemente e segundo a rede, não há previsão de falta de mercadorias básicas de consumo ou necessidade de estocar produtos, já que a distribuição segue regular.
No supermercado ABC, de Sombrio, conversamos com o gerente, Raphael Andrey Del Grossi Gomes. “Fazia algum tempo que não havíamos visto nada da forma com que aconteceu nesses últimos dias. É de conhecimento de todos o que está acontecendo e todas as repercussões porém o que vimos, e principalmente, o que mais nos causou espanto foi a corrida de clientes à loja, comprando alimentos para serem estocados em casa, por causa da pandemia do COVID-19”, conta.
Segundo ele, nos últimos dias houve um aumento expressivo no volume de vendas, e também de pessoas comprando em grandes volumes produtos de higiene e limpeza e produtos básicos como arroz e feijão dentre vários outros.
Nas filas que se formaram, era nítido que os clientes estão estocando produtos, esperando talvez que isso possa durar um tempo maior do que o previsto. Foi possível ver carrinhos abarrotados de produtos de limpeza e também de alimentos, não somente básicos. Em alguns casos, alguns clientes optaram por fazer a compra para si mesmo e para alguns de sua família. Muitas pessoas foram aos mercados para comprar para os idosos, para que eles não saíssem de casa, já que estão no grupo de risco.
Gomes é tranquilizador: “Nesse presente momento estamos recebendo mercadoria normalmente o que faz com que todos possam se tranquilizar, optamos por uma limitação em alguns itens, para que não faltasse produtos para pessoas que assim como nós ainda estão trabalhando em prol da população”. O caso do álcool gel, bastante emblemático nos últimos dias.
“Podemos afirmar que em um único dia a loucura foi tanta que chegamos a ter mais fluxo de pessoas em determinado momento do que em dias de grandes ofertas ou campanhas que criamos para trazer os clientes na loja”, detalha, dizendo que os colaboradores estão todos trabalhando normalmente, tentando fazer com que nada falte. “Nossos fornecedores estão trabalhando em home office e alguns aumentaram preços, o que infelizmente acaba nos levando a tomar a mesma posição”, desabafa.
Para poder garantir a maior quantidade de pessoas possível, que não falte o básico para ninguém, a loja está limitando alguns produtos. “O que se espera com isso é que o mais breve possível todos possamos retomar nossas vidas normalmente”, finaliza.