Redução de custos faz parte da estratégia para minimizar perdas do comércio

Para a presidente do Sindilojas de Araranguá, Giovana de Oliveira de Sousa, “os lojistas e funcionários estão bastante assustados com a incerteza do virá, mas todos com muita fé”. Ela prevê maiores facilidades no momento da venda, com promoções e outras estratégias e salienta que a recomendação aos lojistas é de que invistam na dignidade do trabalho de seus funcionários, com fornecimento de materiais e condições de trabalho condizentes com o momento atual. “Tudo é novo demais, para a gente, vamos focar em sobreviver no mercado, negociando com fornecedores e colaboradores”, declara.

“O impacto financeiro ainda não pode ser medido, já que os efeitos da epidemia devem ser sentidos, no mínimo, ao longo de todo o ano, além de que todo o setor já vinha se recuperando de um grande período de pouco ou nenhum crescimento. Somos um shopping de preços populares e que, normalmente, já tem a estratégia baseada em promoções e crediário próprio. No momento, teremos que minimizar os prejuízos com redução de custos fixos e apostando em investimento em novos atrativos aos clientes, que nossa característica é de sempre apresentar novidades ao público regional”.

A declaração é da assessoria de imprensa de um dos shoppings da região e reflete o pensamento. Os impactos da menor circulação de pessoas em alguns estados do País, devido aos efeitos da pandemia COVID-19, já começam a ser refletidos no varejo nacional. Levantamento aponta que a inadimplência dos clientes aumentou em 25% no mês de março (até 23) em comparação ao mesmo período de 2019. E a tendência é que até o mês de abril a inadimplência cresça ainda mais, haja visto que houve a prorrogação da quarentena provocada pelo Covid-19.

Estima-se que a inadimplência deve retornar aos níveis pré coronavírus somente em 2021. Isso acontece porque muitos clientes ficarão endividados, outros terão redução de salário e alguns tendem a perder seus empregos. O lojista agora precisa acionar as lições de crises passadas, e gerar caixa para manter o negócio no mercado.