Mais de meio século após a primeira turma raspar a cabeça para celebrar o vestibular, a Unesc reafirma sua essência comunitária em meio às celebrações do Centenário de Criciúma nesta terça-feira (4). A universidade, que nasceu como Fucri em 1968, é reconhecida como um dos capítulos mais simbólicos da evolução da cidade, impulsionando conhecimento, tecnologia e humanidade.
A Unesc, que se tornou universidade em 1997, está hoje à frente de iniciativas estratégicas, como a gestão do Centro de Inovação Criciúma (CRIO), o Observatório de Desenvolvimento Socioeconômico e as Clínicas Integradas, que realizam mais de 200 mil atendimentos anuais.
O sonho que transformou destinos
A reitora licenciada da Unesc e secretária de Estado da Educação, Luciane Bisognin Ceretta, destacou que a universidade é fruto de um sonho coletivo. “A Unesc nasceu do sonho de uma cidade e hoje é parte essencial da sua identidade. Somos resultado da coragem de uma comunidade que, ainda no fim dos anos 1960, acreditou que o conhecimento seria o caminho para transformar a realidade econômica e social do Sul de Santa Catarina. Aquela decisão visionária de criar a Fucri plantou uma semente que germinou em todas as áreas do desenvolvimento regional”, enfatizou.
Luciane Ceretta reforçou que a Unesc está comprometida em ser protagonista do futuro. “Ao longo dos anos, a Instituição cresceu junto com Criciúma, formando milhares de profissionais, pesquisadores e lideranças que hoje atuam em diferentes setores, da educação à saúde, da tecnologia à gestão pública. Ser comunitária é muito mais do que uma característica institucional. É um propósito”, acrescentou.
O ex-diretor-presidente da fundação e um dos calouros de 1970, Rodeval Alves, relembrou a época do primeiro vestibular. “Há o antes e o depois da Fucri/Unesc. A Instituição é um divisor do desenvolvimento. Ainda hoje é um ambiente muito bom onde me sinto bem e renovo as energias”, relatou Alves.
A cidade que se fez universidade
A construção da Fucri, sancionada pelo prefeito Ruy Hülse (outro nome central da história da cidade), transformou Criciúma. O prédio da Casa da Cultura foi a primeira sede, onde nasceram os cursos de Matemática, Ciências e Pedagogia.
A reitora em exercício Gisele Silveira Coelho Lopes destacou o impacto da expansão do campus para o bairro Pinheirinho. “O que antes era uma região isolada, aos poucos se tornou um polo de conhecimento, inovação e convivência. Cada bloco inaugurado, cada laboratório, cada sala de aula não apenas ampliou nossa capacidade, mas também impulsionou o crescimento urbano, estimulando a instalação de residências, comércio e serviços. Hoje, ver o bairro pulsando com atividades acadêmicas e comunitárias… é a comprovação de que a Unesc está de fato presente na vida das pessoas e contribui para o desenvolvimento da cidade que ajudou a transformar”, enfatizou Gisele.












